sexta-feira, março 29, 2019


O amor constrói-se aos poucos morrendo aos poucos também!
Podemos-nos apaixonar por outrém num olhar, mas o amor por alguém é algo que se constrói e a fuga para a frente apenas nos torna um fracasso.
O amor é algo que se constrói dia a dia, quando nos ajeitamos no sofá para ver aquele filme, enquanto o outro nos acaricia o cabelo.
O amor é olharmos para o outro e para as suas paixões de vida.
O amor é aos poucos aprender a tolerar aqueles defeitinhos chatos que nos irritam mas que com o decorrer do tempo faz com que a gente veja que podemos amar aquilo que achávamos não ser possível.
O amor é rir daquilo que outrora nos irritava.
Mas se a construção do amor passa por o enfrentar-mos a corrusão do amor também se faz dia a dia.
O amor morre quando não interrompemos uma discussão com um beijo e a prolongamos ferindo o parceiro.
O amor morre quando o orgulho domina mais que o perdão.
O amor morre quando as desculpas ficam, apenas para os corretos e o outro é sempre o culpado.
O amor morre aos poucos quando nos deitamos com alguém tendo outrém na cabeça, mesmo quando nos justificamos que estamos ao lado do nosso "amor".
O amor morre quando se vai perdendo a capacidade de lutar, e o amor vai virando dor pouco a pouco, dor mascarada por momentos de felicidade a sós...caminhando...lendo...
O amor morre quando os erros dos outros viram motivos para termos razão.
O amor morre aos poucos quando o outro não nos valoriza.
O amor morre aos poucos quando deixamos de ser nós próprios e nos escondemos atrás de sorrisos disfarçados.
O amor morre aos poucos quando perdemos a parceria do outro.
O amor morre aos poucos quando perdemos a generosidade do outro.
O amor morre aos poucos quando perdemos a paciência.
O amor morre aos poucos quando estamos juntos por tudo e nada menos pelos dois.
O amor morre aos poucos quando perdemos a vontade de tentar.
E quando tudo isto se fica apenas no inicio da história o amor passa a ferida, transforma-se em mágoa e discussão, e o que era paz transforma-se em tempestade.
Mas o amor pode pegar fogo se o outro deixar.
O amor nunca é uma fuga para a frente, pois outrém virá e tudo se irá reiniciar até a coragem aparecer...até esse dia... um rasto de dor...de amores..

Vendemos o corpo para não vendermos o amor ou o futuro no amor!
O esquecimento
Existe uma hora em que temos que sofrer tudo o que podemos sofrer.
De preferência deitada/o na cama no escuro, esse escuro que percorre o corpo todo ficando alojado na alma.
E somos inúteis, sentimo-nos inúteis; e nada mais faz sentido. Drama, drama e drama.
O outro estará melhor!
Estará?
E damos a nós próprios esse tempo para sentir tristeza e dor.
Não queremos fazer nada nem sair de casa pois o mundo é um grande conjunto de idiotas.
Depois é tempo de mudar a rotina com o coração a sangrar de dor, de amor e de paixão.
O despertador toca e o mundo volta a ser real. Mas a dor também foi e é real.
Há quem viaje para decidir ou esquecer o amor, essa falsa justificação da necessidade de um tempo quer seja para a fuga em frente quer seja para uma justificação vã e tola.
Numa viagem até daquelas á esquina mais próxima a dor ou o amor parecem distantes, e o peso desaparece um pouco, apesar da tristeza estar instalada nos ossos saindo o seu odor por todos os poros.
Nesses momentos nós não conseguimos morrer de rir de algo pois morremos de chorar por alguém.
A esperança existe, pois, alguém nos disse que os sentimentos cresciam e existiam.
O amor só existe com a esperança e enquanto existir esperança no mundo existe o amor.
A falta de amor leva as pessoas a ficarem azedas, desconfiadas e fechadas nelas próprias.
Outras justificam a companhia pela necessidade de criarem os filhos ou por medo da solidão.
Ocupamos a cabeça com novas actividades fugindo ao destino, enganando o coração até outro amor, outra paixão surgir e de corpo em corpo de alma em alma até termos coragem.
Sempre que os olhos se tocam o coração bate mais forte e o corpo amolece pelo alcool que se ingere para esquecer...
O próximo amor será um velho amor ou um novo corpo a explorar?
Vendemos o corpo para não vendermos o amor ou o futuro no amor!
Um homem pode fazer tudo para esquecer uma mulher, mas nunca esquecerá o seu perfume, os seus paladares de mel, que em tempos os levou a cruzar as estradas como se fossem céus montados em cavalos alados, astronautas do prazer.
Esses pensamentos ficarão para sempre marcados na pele do homem, nunca perdendo prazo de validade. Este é um dos segredos que as  mulheres desconhecem, este é uma das grandes falhas do julgamento feminino.
A mulher será sempre o aroma do prazer lembrado e relembrado em imagens e sons que o tempo nunca apaga.
O eterno feminino.

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...