segunda-feira, dezembro 21, 2009

Texto

Um dia olhei o céu e lá estavas; esculpida numa nuvem de algodão branco.
Quis fazer de ti minha mulher, mas achaste que eu era "pouco" para ti; achaste que merecias mais; embora até sentisses algo por mim; muito; e em algumas alturas demasiado por mim!
Esta é uma das razões para que os nossos relacionamentos corram mal.
Achamos que os outros são pouco para nós, quando talvez não tenhamos assim tanto para oferecer, tanto como julgamos.
A fazer prova os falhanços dos nossos relacionamentos. A aridez vem, advém com esses falhanços, e ficamos, tornamo-nos mais sós.
Quando olhamos um casal de baixa condição social, dizemos que eles se merecem, pois temos vergonha (às vezes precisando) de trabalhar umas horas num café. Julgamos que merecemos mais e melhor. Mas...
Ás vezes a felicidade é proporcional à ignorância, outras é encontrada de mão dada ao parceiro numa feira comprando lacost"es" falsificadas.
Vergonha é vergonha; é muitas vezes a desgraça das pessoas.
A vida que imaginamos merecer será a melhor para nós?! É sequer boa?!
Hoje o amor é interesseiro, já não é um amor clássico, como aquele soldado que se apaixona pela mulher da aldeia que ia dizimar, ou como aquele rei que abdica do trono por uma simples donzela.
Hoje uma executiva não se apaixona pelo empregado de limpeza; hoje um médico impede-se de amar a mulher que lhe serve o café.
Mas o empregado de limpeza ou a mulher do café servem para uma queca rápida, pois a queca não tem estatuto!
Quem não tem coragem para arriscar o amor; no amor! Contenta-se a ler romances, a ver filmes clássicos ou com a Meg Ryan, sem se arrepender, pois acha-se merecedor, merecedor de mais.
Mas á noite quando adormece; sonha! E acorda com metade do ar do seu quarto por respirar!

Feliz Natal Anjo!

Luz, água, noite e natal!






Amar-te-ei para ter paz, desprezar-te-ei pela adrenalina, sonhar-te-ei pelo futuro que não teremos e todos os dias choro por quatro letras!...

terça-feira, dezembro 08, 2009

Inhã - De gestos suaves e serenos, de voz meio triste, meio doce!


O levantar voo de uma jovem gaivota!

Aqui existe um pescador!

Planando no mar revolto!

Au! Aus! Tá tudo dito!

O voo parado, uma excelente foto de um jovem autor de fotografia! Eu! :)


Calma, serena, inteligente, com mau feitio :) , de unhas pintadas, simples, discreta, e... olhem

Olhem bem!
Digam lá se não estive bem acompanhado?


245
Salão de chá da boa nova

segunda-feira, novembro 30, 2009

A ilha das mulheres que não amam...

Existe uma ilha num lugar recôndito do universo em que as mulheres não amam, ou não conseguem!...
Esta vai ser a próxima história.

terça-feira, novembro 17, 2009

Para onde vai o amor?


"Uns dizem que sai na ardência dos olhos,que esvazia com o sofrimento,outros falam que a realidade destrói muitos amores imensos,daqueles que se espera ser para uma vida toda.Há quem diga que o amor não acaba,se esconde.
E o que fica do amor em nós?
E quando vai,nos leva também?"

O verdadeiro amor vem de um sitio especial; que todos temos, mas que com o passar dos anos, dos milénios aqui na terra nos esquecemos.
O amor vem de um sitio recôndito do nosso corpo chamado alma!

segunda-feira, outubro 26, 2009

Aos quarenta estamos a meio caminho da morte...

Aos quarenta estamos a meio caminho da morte, num planeta que flutua no espaço; então nós também flutuamos.
Quando desejamos perdoar, o que significa?
Perdoarmo-nos a nós próprios?
Quando desejamos ferir o próximo, o que significa?
Que nos queremos ferir a nós próprios?
Fecha os olhos e imagina a terra. Como ela é vista do espaço.
Como te vejo a ti.
Á distância és calma como a terra, silenciosa, pacífica e única!
Quando sofremos vemos a face de Deus, e é bela como a tua face, mas sendo bela é a antítese da tua! Pois és mulher e bela! Confusa? Eu também!
As poucas fotos da minha juventude impressionam-me, pois sendo ainda eu, já não tenho aquele sorriso tímido, sincero, honesto e inocente.
Aquele João que eu já fui ainda cabe dentro de mim, mas já não sou eu próprio.
Lembro-me de amores e paixões, e fui por um triz quase feliz.
- O triz dá cabo de mim!
Por um triz quase beijei.
Por um triz quase tive coragem.
O triz dá-me cabo da cabeça!
Esse triz vai acompanhar-me durante a minha vida.
Falta em coragem o que sobra em cobardia! Maldito triz!

Mudando!

Um vestido preto não ilude, ele é a própria ilusão.
O que vejo, o que ouço, tudo o que os meus sentidos me apresentam não é ficção. Não são mais reais do que um sonho.
Só conheço aquilo em que acredito, o que acredito é o que tenho – nada!

sexta-feira, outubro 23, 2009

Às vezes!

Às vezes olho-me ao espelho e se não fosse eu próprio não falaria comigo mesmo!
Eu poderia jurar que a dor é um pesadelo mas tenho os olhos abertos, estou acordado!
O amor e o ódio são duas palavras, dois sentimentos…
Quatro letras… para cada sentimento.
Não! Não estou com depressão!!!
Apenas triste!
A alegria é uma forma de arte, que deveria ser ensinada a todos, que deveria ser colocada em exposições… em galerias de sorrisos anónimos.
É na beleza do anonimato, da amizade e do amor que os sorrisos mais belos surgem.
Acordei sem que o despertador se revelasse, acordei pensando no teu sorriso; e no arco-íris que hoje quero conquistar.
Hoje é dia! Dia de arcos-iris, arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva ou arco-da-velha, bem hoje é dia deles! É dia do teu sorriso para mim.
Vem dar-me um sorriso e um beijo!
Bom dia!

sexta-feira, outubro 16, 2009

Há um ano atrás!

Há um ano atrás, perdi a minha família. A mulher que eu amava e seu filho, meu enteado, meu filho, e com eles – pensava eu – a minha maneira de imaginar o meu futuro, a minha vida, a minha felicidade. Parecia então, que com o aparente fracasso eu estaria perdido no mundo e para o mundo.
Hoje um ano mais tarde, lambendo feridas, mas refeito desse impacto, olho de novo o mundo procurando novas pessoas, tentando socializar as lágrimas de um outro Outono.
Hoje tenho para mim, que posso ser amigo e novamente amar e ser amado.
Hummm!
O que será melhor?
Amar ou ser amado?!
Sentir o pulsar do corpo, os arrepios, os sonhos, etc.. Ou a felicidade de ser amado?
Hoje procuro amizade e compreensão, hoje procuro os olhos meigos, o sorriso tímido, o feitio e desfeitio de uma e de muitas personalidades para preencher a minha vida.
Há um ano atrás perdi-me pelo labirinto da agonia e ouve uma ruiva que me resgatou.
Obrigada!

És daquelas mulheres que olhas para uma flor e sorris!...



És daquelas mulheres que olhas para uma flor e sorris!...
Um sorriso terno e alegre.
E apercebi-me que gostava de ser uma flor, para te fazer sorrir mais vezes e contemplar essa tua face.
Cortejar-te?!
Claro que não! Estás a imaginar coisas…
Estarás?!
Claro que não! Estás a imaginar coisas…
Possa já não sei nada!
A lua faz-me mal!
Tenho de ser honesto, até comigo!
Quero beber as tuas palavras, como se, cada uma fosse uma pedra preciosa, e ficar com o meu olhar preso no teu, como se estivesse esfomeado, e teus pensamentos fossem um banquete.
Mas cortejar-te?!
Não sei?! Juro! Não sei!
Sei que é insensato deixar morrer sentimentos sem os declarar mas, tem de ser.
Mas declarar-me, se um dia for caso disso…
Declarar-me para quê?!
Nunca me aceitarás, direi eu como se comentasse uma infelicidade de um outro homem qualquer.
O coração é uma besta extraordinariamente impar!
Quando fecho os olhos ou mesmo quando deambulo pelo mundo, as personagens dos meus desejos desfilam e representam peças sombrias, diante de constelações de sentimentos.

quarta-feira, outubro 14, 2009

É culpa tua, esta falta que em mim existe.



A sombra das acácias toca nossos corpos, semi-iluminados pelo luar.
O cheiro a mar envolve os teus cabelos, envolve nossos corpos.
Pensas tal como eu em fazer amor.
As estrelas são velas iluminando o nosso quarto, o mundo.
Dentro de algumas horas a geada e o orvalho suspenso nas folhas das árvores, tomará conta do nosso colchão, por algum tempo, o suficiente para nos sentirmos emboscados pelo mundo.
O sol acorda e com ele vem o cheiro a giesta e cantigas de mil pássaros acordando.
Os maiores luxos que posso ter serão o espaço, o tempo e tu.
Olho uma árvore e vejo uma urbanização turística de aves de outras paragens.
E amo a tua face serena.
Mas falta-me o barulho dos teus olhos, o sabor das tuas palavras.
O espaço, o tempo são o vazio que se instala em mim, pois existes e não te tenho.
É culpa tua, esta falta que em mim existe.

terça-feira, outubro 13, 2009

Texto a uma mulher de carne e osso! De coração mau e alma boa!

Texto a uma mulher de carne e osso! De coração mau e alma boa!

Enquanto olhas para a vida, não te esqueças, que ás vezes na vida há laços inquebráveis.

Ás vezes encontrarás em alguém, que sem se importar com o que possa acontecer, está ao teu lado.

Pode ser um familiar, o marido, um amigo ou o mais improvável dos desconhecidos.

E terás sempre a possibilidade de que a pessoa em que podes confiar, provavelmente para toda a vida, seja a pessoa que te conhece, ás vezes melhor que tu própria.

Por isso te apareci, por isso te deixarei crescer agora que estás a descobrir o caminho.

Valeu a pena ter entrado na tua vida, por este breve instante para te mostrar o que realmente é importante.

Eu sou o anjo que aparece nos dias de tempestade para mostrar às pessoas o que realmente é importante.

É na sensibilidade das palavras que se vê o futuro.

É ao lado de alguém que se descobre se vale a pena caminhar lado a lado por toda a vida ou por parte dela.

O triste é teres um coração ruim!

quinta-feira, outubro 08, 2009

Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um
quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o
que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou, ficou atrás, quem quase
amou, não amou, quem quase passou não estudou.
E penso nas oportunidades que me escaparam pelos dedos, nas chances que
perdi, por medo. Nas ideias que nunca
saíram do papel por essa maldita
mania de viver no Outono.
Sobra cobardia e falta coragem
até para ser feliz!...
A paixão queima, o amor
enlouquece, o desejo trai!
Talvez estes fossem bons motivos
para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são!
Pena a virtude não estar no meio termo!
Mas o nada! Esse, não inspira,
não ilumina, não
aflige, nem
acalma, apenas amplia o vazio que cada um trás dentro de si.
De nada serve cercar um coração vazio ou economizar na alma!

As palavras, as minhas palavras! Humildes sentimentos que levo a ti!
Num mundo de imensa beleza, e de alguma tristeza; existia um castelo rodeado por uma floresta mágica, onde Elfos e Dragões alados se divertiam lado a lado.
Nesse mundo especial, num castelo sem igual; o da minha imaginação!
Existia uma jovem princesa, feita de papel, onde até uma lágrima podia dissolver seus sonhos.
Também existia um trovador que cantava o amor, a par com a dor!
O trovador cantava as suas mágoas, e sem as saber, da princesa também!
O trovador cantava os seus sonhos, e a princesa sonhava, em viver os dela!
Numa terra de fantasia, existem sonhos e mágoas, Elfos e Dragões; mas, a amizade deverá ser a mágica fronteira que nos une, com um laço de prata fina, envolvendo nossos pulsos.


Jazz é a música tocada por humanos fugindo assim á tecnologia.

Melancolia em sons!
Se eu fosse cineasta, num filme de época! Fazia um grande plano teu, numa floresta, como que saída de um filme da década de quarenta! Trazes um vestido preto, com bolinhas brancas. Os lábios. Os teus! Tecidos por Deus e esculpidos pelo Diabo, pintados de vermelho paixão! O teu cabelo apanhado com um chapéu negro. Algures dentro do vestido,… um sabre!... Os ocres, os amarelos, os castanhos avermelhados, enfim as cores do Outono, estremeciam á tua passagem pela lente da camara. A expressão de uma melancolia sábia e desinteressada em descobrir o futuro, dava quase a certeza que serias a vilã desse filme. Mas… Teus olhos cruzaram os meus, com formas e contornos quase sublimes!...
O sabre!
Um suspiro!
Uma repa que se solta
e o teu sorriso, enquanto lambes provocadoramente uma gota de sangue perdida no teu dedo!

terça-feira, setembro 29, 2009

A rosa que plantei junto ao mar, já faz sombra na minha praia.



Então morri!
Comecei e recomecei, quase como, numa e de uma forma mecânica, errante dentro da máquina do meu sonho. Viciado em algo mais do que simples pétalas de rosa que cobrem o teu corpo, na minha imaginação.
Viciado nas tuas formas simples, no teu sorriso claro, nas curvas que o sol e a lua fazem na tua pele.
E nesses momentos quase como por uma fórmula mágica viciado em viciar-me nas coisas que tocas, deito-me á sombra da rosa que plantei junto ao mar.

Viver assim não dói!

Definitivamente, como tudo o que é simples.
A nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram…
Porque sofremos tanto por amor?
O mais certo seria a gente não sofrer, agradecer apenas ter-mos conhecido uma pessoa com quem nos identificamos, que gerou em nós sentimentos intensos e que nos fez companhia por um tempo, por um tempo feliz.

Sabes, descobri da forma mais dolorosa que a pior maneira de sentir a falta de alguém é estar sentado a seu lado sabendo que não a podemos ter…

A rosa que plantei junto ao mar, já faz sombra na minha praia.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Está sol!



Enquanto tempestades de areia teimam em desfazer meus sonhos…
Enquanto dunas crescem cobrindo meus pés…
Eu teimo, endiabrado, em fantasias que, por pudor não posso revelar neste texto, ou até mesmo nos próximos, pois olhos tão belos e serenos como os teus, poderão, embalados por tais palavras, deixarem a simplicidade tão bela que possuem e perder-se nesse tão fascinante mundo, que é o do pecado.
Acordo de um sonho, onde encontrei gestos e palavras, endiabradas por insanos desejos, e húmidos segredos, e sinto-me vivo, pois, como um dia alguém disse, a vida não se mede pelo número de vezes que se respira, mas pelo número de vezes que se perde o fôlego…
Uma gaivota surge na minha janela; provocadora, insinuante, desenhando no ar um coração e levanta voo em direcção á tua casa.
Nem sempre fui sincero; para ti, para mim, para o mundo.
Ás vezes fico longe de mim e de tudo, e se morrer, fico sem dizer o que sinto, o que guardo, o que foge, e assim, porque minto…
E no dia que as luzes se apagarem, serás tu que levarei comigo, pois a vida não é um bocado, é toda a paixão.
Quando o dia amanhece, no meu sonho, existem lençóis pelo chão, cheiros e odores de uma noite, mas…
Está metade do ar, do meu quarto, por respirar… E uma lágrima acorda em mim, pois estou só e tu estás, algures, longe de mim.
Sons que me chegam, por entre gargalhadas, molhando a minha alma, a alma de poeta, que só, percorre as ruas, procurando-te, sem te encontrar.
O raio da gaivota retorna á minha janela.
Estupor!
Volta a desenhar no ar, um outro coração e desta feita, olha-me demoradamente, com um olhar critico, e pausadamente me diz que já vivi metade da minha vida; para não perder a outra metade a amar-te sem tu dizer…
Mas perdi a coragem, na última dor, no meu último desespero pois para mim um amor, é o último, é o grande amor, não querendo que termine, pois é na total entrega que descobrimos o que realmente é importante na vida.
O raio da gaivota ri-se, e essa gargalhada magoa-me… Diz-me para olhar teus olhos e te levar para um local secreto, e te roubar o beijo que mereces ver roubado.
Mas…
Em mim existem muitos mas…
É a dor que teima em não partir.

Bom dia! Está sol!

terça-feira, setembro 22, 2009

Explorador!





Não existe melhor vocação, e maior tormenta do que ser explorador.
Não há maior ambição do que aumentar o conhecimento.
Há glória no sucesso, mas com ela vem o sacrifício que saúdo todas as noites com lágrimas.
Ao explorar o mundo, morri todos os dias um pouco.
Até onde posso ir andando sozinho não sei, mas de que me serve amar e não o ser? De que me serve sonhar e ter esse sonho tão perto?
A dor é só minha, por isso devo sofrer só… mas é tão duro…
Sinto-me mais distante hoje do que ontem e vou conviver com os resultados das minhas escolhas. Serei definido pelo meu passado e por essas decisões.
O passado pertence-me, torna-se parte do que sou.
Enquanto atravesso a vida, as minhas pegadas marcarão o caminho… ficarão para trás…
Olhas e vês o homem mas não ouves os gritos, o choro, por debaixo dos destroços de 38, 39 anos…

Já não me lembro de quantas pessoas salvei; não aprendi com esses sacrifícios, com essas decisões de me expor ao mais intimo elemento para ajudar…

E quando precisei de ser salvo…

(fim…)

segunda-feira, setembro 14, 2009

Aa canções de amor são as lamentações dos vivos!

Pensei enviar-vos flores, perfumes…
Pensei enviar-vos belos chocolates, recheados de licores feitos por anjos…
Mas isso não serve para acarinhar mulheres tecidas por deuses e esculpidas por demos…

E foi aí, nesse momento, que descobri que a melhor forma de voz dizer olá seria escrevendo!

Não sei que homem me irei tornar pois não tive um líder ou um professor, mas a vida ensinou-me duras lições, e aqui estou…

Tentei ser outra pessoa, ser o melhor do que vocês sonharam…
Mas, possa! Os vossos sonhos são cada vez maiores…

Hoje já não se escrevem poemas, sonetos ou canções de amor…
Hoje é tudo pré-concebido.
Estamos nos HI5, nos Facebook’s, etc.,etc..
Como objectos em prateleiras de supermercados, onde basta ver os ingredientes e escolher o próximo encontro… de preferência com alguém de poucas calorias, com bom peso escorrido e sem corantes ou conservantes…

Hoje já não há trovadores, apenas alguns poucos autores…

Hoje já não há mulheres, procurando príncipes encantados…

Hoje quase todos (eu não! Mas eu sou um velho resistente J) procuramos relações pré cozinhadas e se não gostar-mos voltamos ao supermercado… da internet.

Três senhoras, três mulheres…
Obras primas do talento da natureza, invulgares, poderosas, frescas, fluidas, em impressionantes gestos e olhares…

Poderia escrever mil palavras para descrever os vossos olhares, os vossos gestos…
Mas insignificantes seriam comparadas com vocês…

Então descobri que a melhor forma de vos dizer olá seria olhar as estrelas, cometas e planetas e atribuir-lhes os vossos nomes, para que todos os humanos possam presenciar que o divino existe, em forma de três belas mulheres, três belas senhoras…

Palavras escritas e sentidas para vos dizer olá!

segunda-feira, agosto 31, 2009

A dor acompanha-me todos os dias da semana, e duas vezes à segunda.



A dor acompanha-me todos os dias da semana, e duas vezes à segunda.

Hoje doeu muito.

Uma ferida antiga voltou por minutos, dores, milhões de lágrimas já adormecidas, centenas de lenços de papel amarrotados pelo chão elevaram-se na minha alma.
Pensei em ti anjo ruivo.
Anjo, que me ajudas-te com a tua presença, nesse momento, em que o mundo desabava, em que tudo era dor.
Hoje essa dor voltou, por minutos, e dilacerou-me a alma.
Quando estamos sós, a dor, dói mais.
Quando estamos sós, o lamento sufoca-nos a garganta, como um grito no vazio que teima em não sair, mas que é ruidoso na nossa alma.
Até o corpo me dói, as palavras custam a sair, mesmo que de cortesia, num simples olá, bom-dia ou boa-tarde.

A dor acompanha-me todos os dias da semana, e duas vezes à segunda.

Por esta dor eu não contava; bem acho que sim…
Por esta dor eu não esperava; desejo-a à tanto tempo…

Pensei-me livre, mas a dor voltou, por horas, e agora está indo embora como uma brisa que teima em fazer-se sentir.

A dor, já não é de amor, mas de sonhos perdidos, de projectos, de ilusões e sensações.
A dor mostra-me o que o mundo já me disse à muitos anos:
- Que morrerei só como o mundo quer!
E parvo, estúpido até, penso que até para mim poderá ser possível a felicidade,
Mas, mas, mas não!

A dor acompanha-me todos os dias da semana, e duas vezes à segunda.
Hoje doeu muito.

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...