às vezes pergunto-me se vale a pena sonhar...
por algo ou alguém...
obtenho como resposta, que sim, que vale a pena sonhar...
sonhar faz parte de nós, pois o sonho é parte integrante a nossa vida...
os meus sonhos são feitos de pura fantasia... pois neles habitas é jamais te terei...
estes meus sonhos contigo, são e foram alicerçados em verdades distorcidas...
a felicidade, a verdadeira!... é aceitar, é a aceitação do que se é e se pode ser...
às vezes a melhor definição de felicidade é aceitar o bastante...
o bastante que nos faz sentir bem com quem...
o bastante!
nos meus simples e paupérrimos textos eu tento ser tudo para ti mulher...
mulher que me lês...
quero ser a resposta para os teus medos nas noites amargas...
quero ser o primeiro número de telefone para quando as lágrimas rolam em tua face...
e o número antes do primeiro nas tuas alegrias...
vive-las assim e dessa forma contigo...
escrever para ti é escrever com metade do meu peito...
a metade que és tu...
nestas palavras...
as letras escondem-se recusando-se a aparecer para me fazer companhia, sempre que o tema dos meus textos não és tu...
elas juntam-se a mim, nos longos silêncios, acompanhando-me nos pensamentos e os desejos que não posso ter no teu corpo...
falhei no amor...
e da última vez que fui de alguém...
alguém verdadeiramente importante, por quem muito me iludi...
falhei...
pois o falhanço estava determinado à partida...
foi-me dito mas recusei-me a acreditar...
por amor...
o amor...
aquele verdadeiro, é aquele que não tem que se ir embora; e indo embora fica junto do peito no mesmo lar...
uma parte da minha dor foi, acompanhou esse falhanço, e tal como as ondas do mar, o tempo apagará as memórias... mas não a dor, e sobrará o ódio á vontade que tive em ser feliz...
a esperança essa condição muda, é feita para ser confidencial, pois se não for tornar-se-á em expectativa...
a esperança fugiu de dentro do homem que sou ou fui...
escrever é carpir... escrever é amar-te... estando tu longe de mim...
mas mesmo quando estiveste perto, estavas inalcançável...
quando me davas um simples beijo de olá, esse simples toque já enganava um pouco o meu coração, que guardava afectivamente todos os abraços que não demos...
esses beijos dados cicatrizavam a minha pele da dor de não poder contigo fazer amor...
do sonho perdido...
como um morto cuja alma se esqueceu de partir eu olhava todos os dias a porta na esperança de te ver surgir nela...
pelas noites de desejo eu gastava renovadas energias contigo na minha pele...
aprendi a amar-te como uma abstracção de alguém num futuro sem futuro...
num futuro que será de outro ou de outros mas não de mim...
eu espero-te no futuro e escrever-te é uma forma de te amar e amar-te é esperar...
por um futuro de vazio... com nossas filhas na minha pele marcadas...