terça-feira, dezembro 23, 2003

Todos os dias morre um amor.
Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de
rotina.
Às vezes melodramaticamente, com direito a palavras vexaminosas, capazes de
acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre sem um beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos,
com um gosto salgado de lágrimas nos lábios.
Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, diálogos cada vez mais
resumidos, de beijos cada vez mais gelados...
Alguns morrem por medo do desconhecido, medo do que pode ser novo, medo de que
doa depois, medo... medo... medo, covarde medo. Medo até de que seja tão bom
que não se vai se agüentar perder no fim.
Outros por comodismo de nem querer conhecer se aquele amor é amor mesmo ou
somente carência. Ou pior, o comodismo de não se mexer na coisa para não
obrigar a ter que tomar novos rumos na vida. Deixa morrer que é mais fácil!
Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na
prática, tenhamos relutância em admitir.
Pode morrer como uma explosão, seguida de um suspiro profundo (porque nada é
mais doloroso que a constatação de um fracasso), de saber que, mais uma vez,
um amor morreu.
Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma
coisa.
Esta é a lição: qualquer amor pode morrer! E todos os dias, em algum lugar do
mundo,
existe um amor sendo assassinado.
Existem também os amores que clamam por um tiro de misericórdia: ainda estão
juntos mas comportam-se como um cavalo ferido, à espera de ser sacrificado.
Existem também os amores-fantasma, aqueles que se recusam a admitir que já
morreram. São capazes de perdurar anos, como mortos-vivos sobre a Terra,
teimando em resistir apesar das camas separadas, dos beijos frios e
burocráticos, do sexo sem amor (se houver). Esses não querem ser
sacrificados, mas irão morrendo aos poucos.
Existem ainda os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de
letargia, que se refugiam em fantasias platônicas.
Mas eu, quase já desistindo da minha busca, pude ainda encontrar uma outra
classificação:

Os Amores-Vencedores.
Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das infinitas contas
para pagar, da paixão que decresce com o decorrer dos anos e das brigas que
não levam a nada, ressuscitam das cinzas e revelam-se fortes, pacientes e
esperançosos. Mas esses são raríssimos, e há quem duvide de sua
existência. São de uma beleza tão pura e rara que parecem lendas.
O que esses poucos vencedores falam é que esse amor foi suado, trabalhado, bem
administrado nas centenas de situações do quotidiano.
Não é um 1.º premio da loteria, nem sorte, nem magia. É simplesmente o
resultado concreto daquilo que foi um relacionamento maduro e crescente entre
duas pessoas ...

SE TENS UM AMOR, TRATA-O, COMO A JÓIA MAIS PRECIOSA...
NÃO O DEIXES MORRER, POIS MORRERÁS UM POUQUINHO TAMBÉM

vesperas de sentimentos

Palavras

Uma forma linguística
Que pode significativamente ser falada em
isolamento
Conversa
Expressão
Uma promessa,
um suspiro
Na realidade uma mentira
Uma mensagem do paraíso
Um sinal do inferno
Eu dou-te a minha palavra
que nunca direi
Linguagem que é usada na raiva
Sentimentos pessoais que indicam perigo
Um comentário rápido,
uma expressão
Informação
Não mistures palavras
Não sejas evasivo
Diz o que pensas
Sê persuasivo
Uma promessa
Um compromisso
Comunicação...

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...