quinta-feira, julho 28, 2011

há mais de dez milhões de pessoas em Portugal...
gente comum como eu e tu...
mas se olhar-mos atentamente, poderemos descobrir que algumas dessas pessoas são verdadeiramente extraordinárias, capazes de actos que nos deixam fascinados...

outras são amedrontadas, revoltadas e muitas até estão perdidas...

há mais de dez milhões de pessoas em Portugal...
gente comum como eu e tu...
mas se olhar-mos atentamente, poderemos descobrir que algumas dessas pessoas são verdadeiramente extraordinárias, capazes de com pouco dinheiro alimentarem seus filhos, pagarem seus remédios, ou ainda sorrirem de mãos dadas com o seu parceiro de décadas, enquanto olham as pessoas que passam, estando sentadas num banco de jardim...

há mais de dez milhões de pessoas em Portugal...
gente comum como eu e tu...
mas se olhar-mos atentamente, descobres algumas magníficas que fazem descobertas inventando o futuro, escrevem o passado, ou pintam o presente com tintas ou músicas...


há mais de dez milhões de pessoas em Portugal...
gente comum como eu e tu...
mas se olhar-mos atentamente, de todas que te amam, só eu fico perdido sem te ter, e nesse momento para ti sou gente comum e para mim és a soma dos dez milhões de pessoas em Portugal....

terça-feira, julho 26, 2011

a minha dor, diz mais do que as minhas palavras...
as minhas palavras, abrem portas para o meu passado...
o meu passado, permite olhar para o meu futuro...
o meu futuro, é a minha dor...
a minha dor, diz mais que as minhas palavras...

existem profissionais que pensam os textos para além das próprias ideias...
outros há, que estendem os seus textos, usando apenas a sua visão criativa...
outros escrevem por encomenda...
outros, não escrevem... apenas contam ao papel o que sentem...
huummm...
estes últimos são uns gajos porreiros...
um bom texto...
(os meus seriam jeitosos se alguém os corrigisse) 
dizia eu. um bom texto vive não só do que se lê, mas principalmente do que não está visível: esta é a pedra de toque para quem me lê!
a primeira coisa a fazer quando me lês é olhar para mim, usando letra a letra... mas... em tudo há um mas; para me leres deves, tens que passar um dia no meu dia e não só comigo... passar um dia comigo, liberta de ti, cheia de mim...
terás uma desilusão, dada a simplicidade austera, da minha pessoa... contrariando a alma pujante de emoções e palavras...
esvaziada de ti estarás pronta para te encheres de mim...
ao invés de me leres com imagens muito preenchidas, vais receber-me ao natural na desordem do meu ser...
para me sentires, deves esquecer os detalhes da linguagem gráfica dos meus textos e usando a abstracção da tua forma de ser, deverás receber a composição que te dou, concentrando as tuas energias nas linhas dos meus sentimentos... e sonhos...

o primeiro plano dos meus textos é provavelmente algo difuso...
deverás ler-me uma e outra vez...
e de todas as vezes, irás conhecer mais um joão...

outro aspecto essencial, muitas vezes ignorado é veres os detalhes que meus textos não podem revelar... para não te identificar... no... e para o mundo...
quebrares as tuas regras é algo que te permitirá ver em mim a liberdade criativa e sensitiva...

um beijo para ti é muito, para mim é pouco, querendo eu um de muitos, de imensos...
nesse beijo e no abraço que ele merece, descobrirás a principal fraqueza do homem...

a minha dor, diz mais do que as minhas palavras...
as minhas palavras, abrem portas para o meu passado...
o meu passado, permite olhar para o meu futuro...
o meu futuro, é a minha dor...
a minha dor, diz mais que as minhas palavras...

a minha fraqueza és tu! tenho dito!

mamocas

lembro-me de um momento especial... 
em alguns a teu lado...
um momento de dois, em que olhei teu peito...
parei de respirar e esqueci-me de ti...
fascinado deambulei pelas curvas do teu peito e tal como uma flor que embriaga a borboleta perdi-me em sonhos...
depois olhei a mulher, agora falo do segundo momento...
olhei teu peito e soube que eras tu que amava...
não que teu peito fosse o teu passaporte para o meu coração, mas foi através dele que te vi como um futuro...
hoje olho-te e és mística para mim...
és o futuro que perdi, mesmo nunca te tendo tido...
és a mãe, que não foi mulher na minha cama...
és a amiga, que nunca conheci...
és o futuro que nunca foi presente...
e tudo começou por eu ter olhado o teu peito...




segunda-feira, julho 25, 2011

démodê

se não estivesse  fora de moda, eu hoje escreveria sobre o amor...
bem para ser sincero escreveria mais sobre os seus danos, ou sobre as suas influências ou sobre os seus sintomas...
escrever sobre o amor é algo fascinante... mas escrever sobre a dor é mais fácil e também dessa forma podemos conhecer o homem, o autor...

lembras-te do frio na barriga?
do corpo a tremer??
da ansiedade???
do fantasiar????
dos sorrisos ternos e longos, quase disparatados, quando no meio de uma rua, ou enquanto se espera que de vermelho o semáforo?????

lembraste do desejo egoísta de querer aprisionar o ser amado, para o poder contemplar no seu sono, nos seus momentos ternos, nos seus sorrisos...

se não estivesse fora de moda eu hoje falar-te-ia de cartas de amor...
mesmo das que te escrevo sem tas poder dar...
sem as leres no silêncio do teu lar...

as letras que imprimo, ou que escrevo com uma caligrafia nervosa pois são para ti esses sentimentos...

se não estivesse fora de moda eu dar-te-ia rosas, e puxar-te-ia a cadeira...
no jantar que nos faltou fazer... Paris, Maputo...

se não estivesse fora de moda tu adormecerias em meus braços depois de conquistada e não fruto de mais uma conquista ou de um tesão de circunstância...
se as cartas de amor não estivessem démodê, eu enviava-te uma com rosas á mistura, e bombons e no fim enquanto me sorrias roubava-te um beijo...

se não estivesse fora de moda eu falar-te-ia das filhas com que sonho contigo...
gémeas... 

se não estivesse fora de moda eu iria ter contigo, olhava-te nos olhos e dir-te-ia: - amo-te!
depois teria o resto da minha vida para me arrepender, pelo teu olhar...
mas pior que um não seria a incerteza de um talvez...

se não estivesse fora de moda, eu estaria agora contigo e não escreveria estas palavras...

quinta-feira, julho 21, 2011



na solidão de uma vida hei-de te amar...
na solidão do meu olhar...
eu sou um quarto fechado, tu és o céu aberto...
um paraíso lá fora...
um céu infinito...
opero nas trevas, para servir a luz...
sou um assassino...
conhecido por muad'dib, il mentore ou...
o guardião de ti e dos teus segredos...
tudo começa num salto de fé...
na torre de uma igreja...
nessa torre saltei para o vazio, e nesse instante uma esfera de fogo libertou-se no horizonte, iluminando a minha face...
um salto de fé no amor e em ti...
olhei-te enquanto o teu corpo se movia sensualmente, envolvido por uma brisa quente...
aproximei-me de ti...
toquei-te...
estavas quente e ao mesmo tempo húmida...
talvez pelo orvalho da manhã...
abrias-te gentilmente, e meu nariz tocou-te...
"saboreando" o teu perfume...
não resisti e toquei-te com gentileza...
tremeste...
descobri-te aveludada... gentil...  entregaste-te a mim despudoradamente...
hoje ainda resides perto de mim e acompanhas-me em alguns dos meus textos...
outrora foste... única... esplêndida...
hoje és simplesmente uma rosa seca num livro...

quarta-feira, julho 20, 2011

um sorriso mefistofélico

somos todos amáveis por pensar-mos que somos alguém...
somos todos irascíveis por pensar-mos que somos alguém...
e choramos, cantamos não sendo nada...
eu, apareço junto da mulher para que ela fale de si, dos seus medos e sonhos de infância...
a pior coisa do mundo é que tudo de mau pode acontecer a qualquer um a qualquer momento...

terça-feira, julho 19, 2011

Escrevo para dar um rosto ao amor!
Escrevo para que o amor sinta o meu rosto.
Às vezes um beco sem saída é melhor do que a realidade...
Então quando a realidade é dor...
Às vezes sonho. 
E nesse sonho tu esqueces-te de ti e beijas-me!
E, enquanto me beijas, eu fecho os olhos, e tal como no sonho, imagino-me um super-herói ou uma estrela do rock, com a mais bela das fãs e com o mundo a meus pés...
E acordo longe de ti, sem sonho, sem o paladar da tua boca, sem poderes especiais ou sem sequer saber tocar ferrinhos...

 
 

quinta-feira, julho 14, 2011

doí muito saber-te nos braços de outro ... no fundo talvez nunca te tenha tido...

procuro curar a doença do meu coração, e não deixar que apenas brinquem com os meus sintomas...

mas já é tarde para mim...
tão tarde, que mordo os lábios, até até sentir o paladar do meu sangue...
tão tarde que mordo os lábios...
pela boca, que a minha teme...
a tua...
é já tão tarde que não quero outra noite, ou outro dia...
apenas a tua boca, que sonho, não tendo...
e tenho sonhado...
a minha mais bela noite, foi a que te esperei...
e não vieste...
era uma noite clara, iluminada pela lua, com dois corpos e cheiros, e sons, e suspiros profundos, olhando o vazio do quarto...
contrário ao turbilhão dos meus pensamentos, e ao turbilhão de milhões de estrelas que nos esperavam...
o dia clareou, e deu-me a certeza de não te ter...
não sei se estas palavras são amor ou pranto, alegria ou encanto... enquanto me deixares sonhar...
mas és apenas tu...
o meu amor secreto, encoberto...
procuro curar a doença do meu coração, e não deixar que apenas brinquem com os meus sintomas...

quarta-feira, julho 13, 2011

A minha mulher de sonho, não tem o mundo a seus pés…
Mas tem-me a mim…
                                  Uma lágrima não é muito, mas muito diz… mas muitas são um todo…
A minha mulher de sonho, não tem a pele mais perfeita, não tem as mais belas curvas nem os mais belos cabelos…
Mas o meu desejo incondicional por ela…
                               A maior árvore, ou a mais singela flor, são fruto de pequenas sementes…
A minha mulher de sonho, é…
Por todas as linhas do seu corpo, pelos cabelos, que um a um, unindo-se num todo, me fazem adora-los… ela és tu…
                                     Hitler e João Paulo II foram gerados em ventres…
A minha mulher de sonho, não é reconhecida no mundo…
Mas sei o seu valor…
                     A dor é igual no rico e no pobre…
A minha mulher de sonho, não é a mais ardente…
Mas é a que faz amor comigo e está em mim… e eu nela…
O meu mais belo texto, tem as mesmas letras que a bíblia…
Se a minha mulher de sonho me quisesse…
Eu saberia honra-la por ela querer ser minha companheira…
Saberia estar a seu lado, dia a dia por eu ser o seu homem…

terça-feira, julho 12, 2011

condenado à morte

à meses que vivo com outro fantasma...
eu já não era um homem como outro qualquer... embora já o tenha sido à 20 anos atrás...
eu sorria, cantava e sonhava, era alegria e contemplação... era o João...
desenrolava os dias por entre os dias, fazia uma ou outra tropelia e sonhava em ser feliz...
hoje estou preso, agrilhoado à tristeza, ao sonho, ao plano feito e desfeito, num dia de Dezembro...
só penso, só tenho uma tristeza, e que queria alegria...
sacudo a dor como se fosse gelo das mãos e ela volta com a noite, mesmo sendo verão...
imagino-te na praia de areia branca...
imagino-te no meu Moçambique entrando pela tenda a dizendo-me:
- acorda dorminhoco! já é manhã!
e eu resmungo, pois a lua ainda não se pôs do outro lado do mundo, e, no nosso mundo, ainda são cinco da manhã...
o meu espírito, procura fugir mas estás lá...
uma dor fiel como fel, que se cola a mim como grades imaginárias da prisão do amor...
bebes sumo de laranja, e olhas o sol... que está baixo...
esticas a mão quase tocando-lhe e ele reage, fugindo para mais alto...
uma corça loura e um enorme leão passeiam lado a lado...
um elefante não disfarçando o seu espanto olha para eles, e, sem reparar, embate numa árvore acordando uma família de macacos, que enfurecidos lhe atiram cascas de banana...
o procurador-geral do reino da dor diz:
- condenado à morte!
e, eu...
espero-a, sem muito poder fazer, pois, viver sabendo que existes, sabendo a cor dos teus cabelos, o tom da tua pele, o toque do teu olhar, e a tua pele...
outra vez  tua pele que se faz mel em minha alma...
a tua voz, o teu olhar meigo e sedutor, as tuas mãos, o teu andar decidido, tu, enfim tu..
condenado à morte!
porque não?!!
homens melhores que eu também o foram...
outros que te amaram sabem do que falo, e, eu condenado à morte!
à morte, por não te ter, nem conseguir dizer o quanto me fazes falta...
para restaurar a tela  que é minha alma...
para restaurar a esperança...
para com tintas mil colorir a minha vida...
eu!
condenado à morte!

sexta-feira, julho 08, 2011

lontrinha

Quando escrevo dou à personagem o corpo de uma mulher, ou, transformo uma mulher numa personagem?
A vida é a cronologia, é o somatório de várias cronologias numa só, ou melhor dizendo, fundir as datas e transformá-las em vida dando-lhes coerência numa existência.
Quando escrevo não é raro existir uma multidão de personagens no meu quarto, embora eu só revele duas...
Mas tenho, quero e preciso de continuar a escrever pois se parar a multidão vai embora da minha casa da minha alma, do meu coração e da minha vida... e eu só de mim, e do mundo, fico e  e ficarei louco por isso e para o evitar escrevo...
Quando escrevo para além de me sentir vivo, às vezes vou peneirando as cinzas da minha vida.
Mas escrever para ti deixa-me como um bébé amamentado...
O meu sonho e plagiando alguém é que quando voltar a reencarnar a minha vida se desenrole ao contrário, começando já velho num lar e ir rejuvenescendo até ter idade para ir trabalhar, e receber logo á partida o jantar de despedida e quarenta anos depois ir para a faculdade e de bebedeira em bebedeira, de orgia em orgia entrar no secundário ainda meio tonto onde de atitudes inconsequantes em atitudes mimadas chego ao ciclo e deparo-me com o primeiro tesão... a primária será feita com um sorriso nos lábios, de terna felicidade, até adormecer reconfortado no ventre da minha mãe...

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...