quarta-feira, dezembro 13, 2006

Poema

Fecho os olhos e imagino-te ajoelhada, dando-me prazeres mil!...
Antes do delírio final, colocas-te de gatas...
Encontro-a, quente!
Agarro tuas ancas enquanto meu ventre bate em tuas nádegas...
penetro-o... agarro teus cabelos cavalgando para o destino fina...
Vindo-me num arfar intenso.
abro os olhos e perco o sonho....

quinta-feira, outubro 12, 2006

Fernando Pessoa

Um dia a maioria de nós irá separar-se.Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas quefizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos quepartilhamos.Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finaisde semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.Hoje não tenho mais tanta certeza disso.Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algumdesentendimento, segue a sua vida.Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto se tornar cadavez mais raro.Vamo-nos perder no tempo...Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem sãoaquelas pessoas?"Diremos... que eram nossos amigos e... Isso vai doer tanto!-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...Quando o nosso grupo estiver incompleto...Reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.E, entre lágrima abraçar-nos-emos.Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida,isolada do passado.E perder-nos-emos no tempo...Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vidapasse em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandestempestades...Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os Meusamores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
"Fernando Pessoa"

segunda-feira, agosto 21, 2006

525600

Como posso medir o tempo de um ano?
Em horas?
Em dias?
Em pores do sol?
Em lágrimas?
Ou em amor?!...
...
A minha falha ou fracasso não é na falta de amor mas sim na falta de controlo sobre ele!
E canto, choro e danso até que resolvas dar a machadada final ou não!...
Amar-te?!
É bom!
Desejar-te melhor!...
Mas seria fantástico ter-te sem que me quizesses possuir a alma controlando-a a teu belo prazer, pois isso só me afasta. Deixares-me prender a ti sem tolerâncias ou exageros.
No fundo so quero adormecar e acordar junto a ti mas sendo eu. Olhando o dia do amanha com os amigos no coração e contigo na alma. Ler um livro no teu peito ou ter um longo silêncio junto ao mar, junto a ti. Fazer a nossa comida e comer a tua. Sair para tomar cafe e saber que ao voltar não me acusarás. Deitar-me e possuir-te sem entraves e sê-lo sem medos ou ...
E poder sonhar a teu lado.
De mim ... para ti!...

segunda-feira, junho 12, 2006

Brilhante

Uma pessoa precisa de novas experiências.
Elas desencadeiam algo no fundo do nosso intímo, permitindo que se desenvolva, sem mudanças.
Algo dorme dentro de nós, raramente despertando.
Aquele que dorme deve ser acordado!
Em tempos fundi-me com a noite.
Parti á chuva e regressei á chuva.
Ultrapassei o mais puro desejo.
Contemplei o dia triste.
Cruzei-me com a luz na sua ronda diária.
Não deixei ecoar os passos... fiquei imóvel!
Um grito ecoou, mas não para me chamar ou se despedir de mim!
mais longe ainda, a uma altura celeste, um relógio astral, pregado no firmamento, anunciava que as horas não estavam nem certas nem erradas!
Em tempos fundi-me com a noite...
e a chuva apareceu...
Uma mulher gritou!...
Estava louca de amor!...
O fluir das gentes.
A vida!

Autópsia da minha alma!

As amarguras da vida vincaram-me a minha solidão.
O olhar esconde-se pela mascara da felicidade a tão já famosa dupla mascara.
Cansado espero, espero um gesto que evidencie a loucura, o gesto lunático, o delírio, a perda de mim mesmo…
Talvez a minha existência se justifique por razões superiores; a perda do juízo, o presídio do corpo, o anjo feito homem; sei lá!...
O meu tempo ficou parado na frase: - Até um dia para mim será possível!
Entretanto e neste meio tempo, vivo só dentro de mim, desejando uma cabana nos matagais para colocar o meu coração na prateleira vazia de outros materiais, para que teus braços o possa alcançar e o ponha em condições.
Quero toques e sorrisos para encher a cabana de canções e emoções…

Um olhar!

Um olhar;
salvo raríssimas excepções,
é o perfil de dois rostos escondidos...
Um olhar frontal e assumido é difícil;
o perigo reside na consciência de mim próprio, no interesse que se desperta,
na imagem que se pretende voluntariamente conservar,
além que pode revelar excessos, de vaidades ou inseguranças…

terça-feira, maio 23, 2006

Pessoa

Um dia a maioria de nós irá separar-se.Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas quefizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos quepartilhamos.Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finaisde semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.Hoje não tenho mais tanta certeza disso.Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algumdesentendimento, segue a sua vida.Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto se tornar cadavez mais raro.Vamo-nos perder no tempo...Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem sãoaquelas pessoas?"Diremos... que eram nossos amigos e... Isso vai doer tanto!-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...Quando o nosso grupo estiver incompleto...Reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.E, entre lágrima abraçar-nos-emos.Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida,isolada do passado.E perder-nos-emos no tempo...Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vidapasse em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandestempestades...Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os Meusamores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
"Fernando Pessoa"

terça-feira, maio 09, 2006

CMC - Viver não doi!

Definitivo, como tudo o que é simples.
A nossa dôr não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e que não se cumpriram.
Porque sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas por termos conhecido uma pessoa com quem nos identificamos, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo, por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos porquê?
Porque automáticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projecções irrealizadas, por todas as cidades que gostariamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os livros, músicas e silêncios que gostariamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados... pela eternidade.
Sofremos por aquelas horas em que não fomos ao cinema, ou que deixamos de ter, para estar com os amigos, para sonhar ou tão simplesmente olhar as estrelas. Sofremos porque a nossa mãe é impaciente connosco, mas por todos os momentos que podiamos estar a confidenciar se ela nos quizesse presentes. Sofremos não porque a nossa equipa perdeu, mas pela alegria sofucada. Sofremos não porque envelhecemos mas porque o futuro nos foi confiscado com aquela pessoa, impedindo-nos que mil aventuras aconteçam aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dôr do que poderiamos ter vivido?
A resposta é estranhamente simples:
Iludindo menos, vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdicio da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoista que nada arrisca, e que esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dôr é inevitável, o sofrimento opcional!!!

segunda-feira, abril 10, 2006

A carta que nunca te escrevi!

Para ti Angel!

Que me ensinas-te que a vida a dois pode ser bela!

Á quatro anos optei.

Optei e perdi-te.

Perdi a amiga,
A mulher,
A amante,
A nossa casa,
A nossa família,
A família,
Os amigos
e o futuro.

E tudo por nada!

Avisaste-me!
Avisaram-me!
Mas teimosamente procurei a felicidade que tinha contigo.
Incongruência?!
Mas sincera.
Hoje espero-te feliz, na casa que já não é minha, com a família que perdi, com os amigos que, e bem, tu levaste.
Talvez um dia me perdoes e possas olhar novamente a minha face.
Talvez nesse dia eu perca a vergonha e te possa olhar novamente, mas até lá desejo do fundo do coração que na tua “nova” vida sejas feliz e sabes que estarei presente sempre que precisares do amigo pois nisso serei sempre e incondicional.

Para ti Angel.

Continua…

segunda-feira, março 20, 2006

Um dia lí !...

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. … Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem de ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

Fernando Pessoa


Claro que é verdade! Tão verdade como a minha carne ser a herdeira dos meus desgostos pois a dor consome todo o meu ser…
A dor teve como origem um amor negado, pois o amor que tive, não foi amor! Foi talvez uma espécie de possessão, uma vontade louca de possuir sem dar ou ter. Talvez por isso não tivesse-mos que saber se ia dar certo, talvez por isso seria o nosso salto de fé, a vontade de arriscar de amar tendo, não possuindo, de dar a liberdade para conseguir a prisão dos sentimentos a entrega total de um ser ao outro da carne á carne…

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

De mim para ti...

As histórias do mundo andam confundidas…

Os pássaros chilreiam devagar…

Silêncios vastíssimos…

E nós deixamos de fazer história.

Abraçamos árvores,
olhamos a guerra como um jogo de amor,
um sonho em que se é capaz de beijar uma cobra,
abraçar um abutre ou dormir com um tigre…

Que bom seria eu poder fugir de crescer para que os problemas continuassem a ser banais,
e que facilmente se resolvem com uma birra…

Justificar os erros com a criança que há em mim…

As minhas mãos tecem velhas palavras que crescem, chegando a ti…

Apagando-se sempre que não me lês…

“Por isso caminho em planaltos ilimitados e sei que existe esperança de harmonia do que tu moldaste a partir do pó com coisas eternas”

Daquele

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Eu

É dificil lidar comigo, talvez porque um dia espero ter uma ideia tão brilhante que eleve o espirito humano a e para outro nível

Grão de areia

Fixei um grão de areia que corria pela praia.
Era perseguido por milhentos outros, mas para mim aquele era especial.
Dourado, volatilizava-se no meio de todos os outros, mas emergia sempre ao alcance da minha vista. Era mais pequeno, mas voava melhor. Era o mais feio, mas tinha mais personalidade. Era o mais só, mas era feliz. Enfim um grão de areia que conheci, e com quem fiz amizade.
Durante esse verão fomos inseparáveis, partilhávamos a mesma toalha, a mesma musica e juntos suávamos ao sol de verão.
Ele tinha uma personalidade rebelde, muitas vezes dissecava-me os meus ledos pensamentos. Constrangia-me os sentimentos, castrava-me os desejos mas docemente acomodava-se em meu peito no fim do dia.
Foi amor, paixão, loucura que nos fez felizes. Um grão de areia dar a felicidade a amizade a um ser humano.
Hoje sinto-me só olhando o pôr-do-sol. Ouve outrem que ficou com o “meu” grão de areia, com o meu amigo.

Sensações de uma mulher só.

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...