quarta-feira, maio 30, 2012

quarta-feira, maio 16, 2012

sou um simples ser humano...
adoeço e irei morrer...
mas nasci e aprendi a andar de bicicleta, de mota, de carro...
aprendi a apaixonar-me e a chorar as lágrimas da desilusão...
às vezes tento privar-me destas coisas e de muitas outras...
quiçá ir para uma cidade onde ninguém me conheça...
mas no fundo sei que isso não se pode chamar de vida...
tenho muitas memórias minhas e ninguém mas pode tirar...
mas agora quero ter memórias nossas...

terça-feira, maio 15, 2012

a absolvição é a mais forte forma de perdão…
dirão os religiosos…
o perdão total da suspeita e da responsabilidade…
da suspeita de pecado…
da responsabilidade das acções, palavras, omissões…
é a libertação do futuro que foi roubado…
o futuro que o casal não teve…
a absolvição é a forma de lavar o pecado…
a promessa de renascer…
os pecadores…
os melhores aprenderão com os erros…
outros, como eu, serão condenados na sua repetição…
que é amar…
é por aqui que me movo, num tempo que sucedeu o passado e antecede o futuro…
quando olho para trás devo muito a meia dúzia de pessoas, que com uma palavra, ou gesto me saciaram os sentimentos…
os meus textos são farrapos e seda…
seco almas e inundo outras…
sou aliciante e o contrário…
sou noite e luz do dia…
sou manhã e anoitecer…
sou imensas lágrimas e um sorriso…
sou descrença e sonho…
sou confronto, caos e harmonia, nas coisas belas que se elevam nas minhas letras…
sou o virar da página, e a página arrancada…
mas nunca a página marcada…
sou amizade e… nela segurança…
sou eu…
e a dor de quem fica só pode ser esta…
uma rosa tatuada no peito,
com seus espinhos cravados na alma…
ali ao virar da esquina…

segunda-feira, maio 14, 2012

o transcendente João

algures...
lá por cima...
bem acima das nuvens...
mais alto do que o arco-íris...
bem lá no alto,
existe um local mágico.

ouvi falar desse local na minha primeira desilusão de amor...

nesse local mágico,
bem acima do arco íris e ligeiramente abaixo do meu sonho,
aquele que ousarei sonhar,
no dia que te encontrar...
as estrelas brincam com os cometas,
que atrevidamente se escondem atrás de planetas...

algures...
lá por cima...
bem acima das nuvens...
mais alto do que o arco-íris...
bem lá no alto,
existe um local mágico.

nesse local as letras em fila indiana,
esperam o seu lugar, para se transformarem em palavras,
essas em frases,
essas em sentimentos na alma de quem as lê...

essas letras já formaram um nome,
um nome mágico,
que por o ser, se ficou por isso mesmo...

algures...
lá por cima...
bem acima das nuvens...
mais alto do que o arco-íris...
bem lá no alto,
existe um local mágico.

a mais bela palavra de amor escreve-se com o rasto dos cometas,
a mais bela frase de amor, escreve-se no meio das estrelas,
o mais belo sentimento é o meu universo que vive na mulher,
na mulher que amo!

algures...
lá por cima...
bem acima das nuvens...
mais alto do que o arco-íris...
bem lá no alto,
existe um local mágico.

quinta-feira, maio 10, 2012

quando te vi,
não te vi...
senti!
fizeste parar o meu sangue...
bem, parar não diria, mas que abrandou, abrandou...
para logo depois correr muito mais depressa...
fantasiei uma ruiva... uma nicole kidman na minha cama...
fantasiei uma morena... uma angelina jolie na minha cama...
fantasiei uma loira... quiça da europa de leste e também ela na minha cama...
e fantasiei uma cabo-verdiana... também ela na minha cama... para dar cor à minha vida...
dizem que um amor se substitui por outro...
dizem que um amor se esquece odiando a mulher amada...
mas tropeço numa ruiva,
imagino-me com uma morena,
fantasio com a loira...
ou com aquela que seria a mãe das minhas gémeas...
agora estou velho...
as minhas mãos já parecem pergaminho...
o sal de miramar corre-me pela face...
o sol do meu moçambique ferve em meu sangue...
num desejo louco de levar a mulher ao céu na minha cama... na areia da praia...
em todo o lado...
quando te vi,
não te vi...
senti!
fizeste parar o meu sangue...

quarta-feira, maio 09, 2012


Existe uma verdade universal que preciso aceitar...
Que todos nós precisamos aceitar...
Querendo ou não, ela existe, e está presente na nossa vida...

Tudo acaba um dia...

Ninguém gosta de finais, muito menos eu...
Em mim, os finais doem...
Rasgam-me a carne,
Trazem-me a febre,
Fazem doer-me o corpo...
O corpo, que se afasta de mim...
Do meu ser...
Da minha dor...
Tentando esquecer-se que somos um só... 
O meu corpo e eu...

Um final é sempre um final...

O último dia de verão...
A última estrofe...
O último capítulo do livro que me fez voar...

Mas os finais são inevitáveis,
Alguns não me dão escolha...
E eu não consigo dizer adeus!...

Existe uma verdade universal que preciso aceitar...
Que todos nós precisamos aceitar...
Querendo ou não, ela existe, e está presente na nossa vida...

Tudo acaba um dia...

Só não acaba o beijo que nunca te dei...
As noites que me recusaste...
As alvoradas falando de tudo e nada...
O cheiro da tua pele na minha...
A alma do artista, no corpo do poeta, na pele do homem, que sou eu...
O eu, que te deseja de forma embriagada...
O eu que acorda de noite dizendo o teu nome, num ato febril de tesão...
O eu que escreve estas palavras existindo enquanto me lês...
Anulando-se sempre que não existo em ti...

Existe uma verdade universal que preciso aceitar...
Que todos nós precisamos aceitar...
Querendo ou não, ela existe, e está presente na nossa vida...

Tudo acaba um dia...

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...