terça-feira, junho 28, 2011

Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...

Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...

Existe um lugar mágico.

Um lugar onde escondes a tua face por entre os dedos lambuzados pelo sumo de frutos exóticos...
Um lugar onde o teu corpo é meu, e o meu uma extensão do teu...
Um lugar onde te olho e admiro por seres como és...
Um lugar onde fecho os olhos e sorrio... por te ter... junto  a mim...

Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


Ouço a tua voz serena chamando a Margarida Sofia...


Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


Cantas de forma descuidada,acompanhada pelo compasso da viola, dedilhada de uma forma alegre... por mim que tento descobrir os seus segredos enquanto te faço minha...


Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


O meu amor perde a vergonha e olho-te de frente, desejando que seja verdade que o amor gera amor...


Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


O nosso amor é uma amizade que se transforma em algo nosso; já que a paixão...


Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


O mundo é o nosso palco de aventuras e desventuras...

Essas alimentarão o mar com o sal das lágrimas, mas estarás a meu lado e eu ao teu...

Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


Tu és real! Teus olhos, tua face, as tuas linhas, meu deus! As tuas linhas...

As linhas do teu corpo são as mentiras com quem me deito todos os dias, são o mapa do meu sonho de mulher que és tu!...

Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


É o sonho que a vida teima em não me deixar ir...


Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação...


Estes textos são os lugares onde me escondo e amarro à tristeza...


Algures, no fim da minha alma; no início da minha imaginação... és o fim! A realidade feita mulher em mim!

terça-feira, junho 21, 2011

Meus olhos fecharam-se após a última lágrima...
Pensei em ti.
Levaste-me na noite.
Levaste meu sonho.
Meu quarto está só de ti.
Tu  que não o queres ver...
Não sei se ele voltará a ter outra  sombra de mulher.
Mas...
O teu perfume ficou na minha pele, quando me deste o primeiro beijo na face...
Desenho o teu corpo no meu lençol. Transformo-o no mapa de algo que não terei.
O nosso tempo não foi, não existe, e eu, pássaro enlouquecido voava pela rua que fazia céu para ir ter contigo...
Lembro-me de ter ido ter contigo.
Não desistas daquilo que não tivemos...
Um beijo teu, é um beijo teu, será para sempre no meu coração o  teu beijo...
E não quero morrer sem teu beijo...
Sem teu abraço terno...
Não desistas daquilo que não me consegues dar...
Sei de cor o dia em que te conheci... 
Como mulher... 
O dia em que me apaixonei por ti!
 Sei de cor o dia em que me apaixonei pelo teu olhar, pelo teu peito, pela tua voz...
 Perdi os meus segredos nas lágrimas e nos teus dedos...
 Hoje e só hoje, leva-me para onde vais, e não desistas de um momento comigo...
Não desistas de me deixares dar-te um abraço, um último primeiro beijo...

segunda-feira, junho 20, 2011

afinal o que importa, o que a gente come? quando á pessoas a passar fome!
afinal o que importa eu amar-te? quando amas outro!
afinal o que importa, o que como? quando tenho fome de ti!
afinal o que importa tu amares? quando não me amas a mim!
afinal o que importa? quando importas!

domingo, junho 12, 2011

escrever uma nota

Quando lês um texto meu, de preferência em papel, para o manuseares, para veres a tinta que fluiu antes dos teus olhos lerem as palavras, estas por acaso.
Dizia eu que quando lês um texto meu, eu sou o único inútil.
O papel ganhou vida antes de receber a tinta; essa nasceu antes de ser palavra, na anterior folha...
As palavras conjuntos de letras ou caracteres como lhes queiras chamar...
No meio disto tudo, estão sentimentos, ideias, horas, minutos e às vezes noites, para que em poucas linhas eu me entregue a ti...
Sim! Normalmente meus textos possuem poucas linhas, com mais sentimentos do que as mesmas...
Tentando provocar tudo, e normalmente nada...
Para que melhor me entendesses eu teria que extrair de cada texto, cada palavra e transforma-la num texto independente, e da compilação de todos esses textos nasceria uma ideia peregrina para levar a ti...
O que já sabes...
Levar-te sentimentos de uma simplicidade atroz, mas há já muito esquecida pela grande maioria dos homens, sentimentos substituídos por outros de linha branca, da geração facebookiana....
Por sentimentos que mascaram os antigos mas deles são pálidos reflexos, ilusões de noites mal dormidas, de lágrimas mal choradas...
Sim! Até para chorar é preciso saber fazê-lo...
Possam ao menos minhas palavras comunicar-te e a quem me lê alguma «sympathia» que ficarei feliz...
É pelo culto do amor que te invoco hoje, aqui e nestas palavras; pois és a minha religião e nelas te exteriorizo e exerço...
A religião!
É claro!...
Desde que ganhei consciência desta minha fé, que através da arte da escrita te tento transmitir as tradições do amor...
É através dos meus sentimentos, que os afetos se depuram, que o meu sentimento por ti se enobrece...
É por esta arte que o exprimo...
E a minha poesia, os meus textos, sobreviverão se o teu amor os enobrecer...

sábado, junho 11, 2011

Procuro-te!
Onde estás?!

Talvez a tristeza se tenha instalado no teu peito, na tua cama, no teu sofá, na tampa da sanita por levantar, no teu mail, no cheiro da tua pele...


A tua voz, os teus cabelos, o teu olhar...

Ainda fazem restolho, por entre as páginas que escrevo...


Procuro-te!

Onde estás?!

Será que teus dedos já afastam outros cabelos?!

Será que o sol ainda toca na tua pele?!

Procuro-te!

Onde estás?!

Por entre os momentos que nunca vivemos...

Por entre os abraços que estupidamente não tive coragem de dar...
Por os beijos que deveria roubar...
Por entre os toques de mãos que evitei... querendo...

Lembro-me das linhas do teu corpo...

Mesmo das que não vi...

Procuro-te!

Onde estás?!

quinta-feira, junho 09, 2011

caminhando pelo mundo em planaltos infinitos...
olhando mil galáxias...
mil mundos...
mil sóis...
escrevendo todos os dias para ti...
reinventando todos dias o mesmo sentimento...
se não mereço um abraço...
um beijo teu...
então não mereço viver...

quarta-feira, junho 08, 2011

texto

quando te escrevo és a possuidora das minhas letras...
e, é, o meu sentimento, que as manipula para construir palavras...
falo do aroma das açucenas, no cheiro de canela queimada, na lareira do nosso lar, dos girassóis rodando sobre vários sóis...
as minhas palavras são meros elementos decorativos quando falo da tua beleza, das linhas do teu corpo...
estando na plena posse das minhas ideias, em completa dependência do teu ser, mas com inteira liberdade para nos sonhar...
eu escrevo...
renego a todos os princípios da escrita se ela não fizer jus a ti...
crio com toda a liberdade de meios, novas regras para que as letras encontrem o seu caminho para ti...
prescindo dos elogios das pessoas por um sorriso teu...
e nessa fé, na fé de te sonhar em mim eu escrevo, concentro as células do meu corpo, toda a energia do meu cérebro, toda a paixão do meu sangue, no amor a estes textos, pois eles representam o pensamento que me domina...
e eu, em torno dele, desse objeto amado, como em torno de todos os que verdadeiramente amam e desaparecem se eu não te puder escrever...

Claustro do silêncio


Sou um viciado.
Sou um viciado em escrever. Em letras que correm umas atrás das outras e se unem e fundem para construir palavras.
Sim! Mesmo escrevendo mal e com erros, tenho que escrever.
Preciso.
Às vezes adormeço a pensar em frases que termino a meio da noite quando acordo ou na manhã seguinte.
É a minha dose diária! Sem ela não sou ninguém, e com ela ninguém se lembra de mim mesmo depois de me ler…
Também sou traficante. E talvez um dia me perdoem, me perdoes, mas faço-o para sustentar o meu vício. E o resultado é conhecido por aqueles que me lêem. O meu produto, a minha droga, a droga que crio e me abasteço, nem sempre é perfeita, boa e geralmente é má ou apenas sofrível, mas é concebida de forma artesanal,  entregue porta a porta, feita de genuidade, na genuidade da dor, do sonho, da esperança, do amor e de mim…
Já fui lido por muitos nomes: - o João e a Susana, o Paulo e a Carla, a Madalena e a Verónica, a Maria Fernanda e a Adelaide, a Carla Sofia e o Anjo Ruivo, e a, a, a, e o, o, o…
Às vezes longe da angústia e da raiva escrevo serenamente e toco sentimentos em quem me lê. Mas é na melancolia que o agridoce da minha escrita lembra, que mesmo quando as coisas aparentemente estão resolvidas há sempre mágoa a ecoar, e quando digo amor é uma ode à autenticidade, e digo amor de muitas formas…
Para finalizar este texto, e antes de apagar a luz e dormir; sonho um pequeno sonho, simples e calmo, como a voz das ondas no verão, o próximo texto pode ser um tornado de mágoas ou alegrias…
Com palavras calorosas, apaixonadas, esquecidas, levo a ti o João…
O João que também sonha (reviravolta no texto eh eh eh) , o João que sonha com uma casa com alpendre, num patamar com uma escada exterior de três degraus, nem quatro nem cinco, apenas três…
Azulejos na cozinha onde cozo o pão que amasso para nós e para as meninas.
Janelas guarnecidas com flores; esteiros que seguram e fazem o nosso estendal…
Vasos com manjericos…
Um poço com roldana e balde de lata…
Árvores de fruto…
Quartos e salas pintados em cores de verão…
Cães e pássaros.
Potes de barro e tachos de ferro.
Cadeiras de baloiço e camas de rede…
Cópias de Rafael, Botticelli e originais meus, nossos e das meninas, patinhando sobre as telas construindo arte com as mãos cheias de tintas…
Nova reviravolta (hoje tou tolinho eh eh eh )
Uma sociedade que não fecunda a arte, o espírito dos indivíduos que a constroem, é uma sociedade sem poder criativo, com inércia na inteligência… estéril…
A esterilidade do estudo actual, degenera a fantasia, atrofia o carácter do povo…  
Com o rebaixamento da arte, rebaixa-se todo o país, o mundo é produto da arte pois o resto e fecundado pela natureza.
Dissolvido o culto artístico pela negligência dos políticos, bastardos da educação a nação perde esplendor…

segunda-feira, junho 06, 2011

Gostava de saber tudo sobre o amor, mas apenas sei o BÊ-A-, mas já me licenciei nas dores...
Assim sendo vou a jogo com o que sei ou julgo saber, consciente das minhas limitações mas sempre com vontade de aprender e saber mais...
Falar de amor é arriscado pois pode-se estar bem e mal ao mesmo tempo...
Bem! Amando! Mal! Não sendo amado!
Bem feliz na relação, mal faltando algo...
Quando o amor se agudiza a relação não resiste, falta o ar, falta muito...
É muito difícil alguém sair sem dano no amor...
Imagino que seja igual para todos...
O amor é uma área subtil, com todos os riscos incluindo os inesperados por isso temos que ser capazes de manter alguma lucidez...
A dor é dura?
Sim! É muito dura|
Poderá ser evitada?!
Se responderes sim, é porque nunca amaste!
O amor ou amar é um capital de risco, algo que deve ser gerido e comprometido com honestidade, e "cumpri-lo" na esperança da nossa competência... quer dizer felicidade...
Às vezes é preferível apostar em alguém e trabalhar a relação... e da cumplicidade virá o amor, e, de ambos a felicidade da amizade...
A paixão é a amizade em chamas...
A chama é fugaz... no tempo do amor...
Enquanto escrevo estas palavras lembro-me de dois "pontos" em teu corpo...
Deles partem linhas que de curva em curva formam teus lábios...
Um sonho, meu sonho aqui nestas palavras...
Tenho dito!

quinta-feira, junho 02, 2011

Magoa

é esta, a face do poeta... 
do artista... 
pintada em sentimentos por inúmeras, imensas folhas de papel...
na construção de um texto, a pureza do desejo, do sentimento na emoção do ser homem...
quando te escrevo penso em nós e na harmonia total do conjunto...
obviamente são palavras de sonho... 
e nele amas-me... 
à tua maneira...
e vivemos numa casa de época, com azulejos e moveis modernos...
com arte e artistas...
com nossos cães e conquistas...    com lareira...
com flores de múltiplas cores...     com alpendre...
árvores de fruto e mil odores...     com cadeiras de baloiço...
esqueci-me de referir violetas em flor, margaridas, girassóis e rosas de mil cores... 
para corações no chão desenhar com suas pétalas... 
e... 
te conquistar... dia a dia...
da nossa biblioteca, vê-mos o beiral do telhado que protege as andorinhas...
a Maria, a andorinha mãe, olha-nos indignada, por ainda não ter-mos ido à sua casa, conhecer as filhas...
sorrio enquanto te desculpas com o trabalho que as gémeas nos dão...
desculpas vãs para quem tem quatro filhas gémeas...
a tua face de uma doçura imaculada,
olhando-me sob uma abobada azul, salpicada de nuvens...
com uma face sacrossanta, olhas as minhas filhas, cujas dores te fizeram parir...
teu peito de mármore rosa, que o sol português carinhosamente corou, é meu refugio quando choro, e meu destino quando estou, e me fazes feliz...
agora partilhado pelos meus tesouros...
pronto... pronto... nossos tesouros...

hoje o texto não me saiu bem mas foi o que senti, não posso de deixar de o publicar, de morrer sem viver...
os sentimentos esses são puros...

eu

eu
eu quero a noite em tua pele...
os  teus cheiros de frutos...
os teus paladares de mel...
eu quero ser luz em teu ventre...
e estar, sempre, sempre presente...

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...