quarta-feira, março 30, 2011

Fecha os olhos. Abre a tua mente, por uma manhã, partilhando esse tempo no meu tempo no meu espaço.
Não estás preparada para um mundo surreal, uma fantasia épica que é sonhar abraçar-te e beijar tua boca. Nesse momento, nesse mundo, onde os meus sonhos são a única saída para te ter, na realidade que pode ser considerada em um hospício, isolada nos limites do meu sonho, do nosso tempo e espaço. Aí e nesse momento, estaremos livres para onde a nossa mente nos levar, porém, chegará o momento em que as incríveis aventuras quebram o limite do real e fico em teus, e ficas em meus...
Braços!
a felicidade é o somatório de todos os momentos em conjunto e não algo que se encontra no facebook, nos faccebooks das prefeições... e...
e quando o príncipe ou princesa não serve troca-se, numa eterna permuta de emoções, mas no fim os quartos ficam com metade do ar por respirar e as lágrimas são repartidas por todos.

domingo, março 27, 2011

Há um mundo novo desde que te conheci, mas não sem ti!
Quando escrevo meu coração fica vazio pois apesar de conhecer algumas palavras, desconheço todas as letras que as compõem.
Mas escrevo com os sentimentos na alma e as palavras em minhas mãos e tento levar a ti sensações.
Contigo sonho fazer crescer a amizade passo a passo como flores que não são colhidas.
As letras e no passado tu, fizeram-me aguentar as tristezas e as dores, esse foi o teu presente, o meu carinho por ti, o meu!
Hoje devo lacrar as dores para não serem ouvidas no meu passado.
E és flor em minhas letras neste texto!


P.S. Imagino-te num jardim fazendo bolas de sabão, e, rindo... enquanto fotografo as tuas mãos.

O homem inventou as lágrimas para não explodir!

O homem inventou as lágrimas para não explodir!
Sexta, Sábado, Domingo, Segunda e etc., eu não estou só, estou como sempre pensando em ti. Estou um passo atrás, os erros que nasceram e morreram...
O teu sorriso foi-se, lá fora ouço os carros e penso em ti.
Somente, só! Hei-de te amar, e mesmo nesta loucura desejo-te felicidades.
Não sou tão só enquanto penso em ti, nas lágrimas que caem no meu quintal, essas que fazem crescer, as tulipas, no jardim, e ter-te-ei no coração todas as noites, e todas as madrugadas, enquanto olho as nuvens, enquanto olho a torrada que me fazes e me condenas pelo excesso de manteiga... sonho todos Domingos levar-te a Serralves para declarar o amor que perdido está pois nunca te terei, na realidade, pois serás e serei sempre um pouco teu no meu coração.
Lá fora a chuva cai, já diz o poema; as lágrimas do mundo juntam-se às minhas, e as tulipas que plantei crescem, erguendo-se para o céu, que cinzento está...
Lembro-me de nós conversando junto ao mar, lembro-me do sol a bater em tua face...
O homem inventou as lágrimas para não explodir!

sábado, março 26, 2011

Vamos cair

As eleições mudarão algo em Portugal?
Algo de fundo?
A resposta séria é um rotundo não!
Temo que ainda vá piorar e não falo do ponto de vista económico, esse sim vai mesmo piorar, falo do ponto de vista político.
Percam as ilusões que nos vamos sacrificar por Portugal, por algo que valha a pena; rapidamente vamos ver os boys, as obras de conluio com os amigos empreiteiros e as mesmas dúvidas éticas do costume, e outras coisas tais...
Só mudarão os rostos e outros se manterão por saberem de podres e partilharem do bolo, do saque a que durante décadas sujeitaram o povo português qual ditadores da África subsariana ou da América latina...
O que fez cair José Sócrates passou-se, e passa-se no domínio da confiança e a quebra responsável pela rutura foi o PEC IV.
Sócrates não informou o Presidente da Republica, não informou o parlamento, não informou o PSD - partido de sustentação desse mesmo PEC e até o próprio PS que agora qual amante traída critica o PSD que mais que o PS foi a legitima parceira dos PECS 
Na ironia do destino Sócrates tem razão ao dizer que o governo caiu na pior altura, e eu dou-lhe os parabéns pois ele foi o único causador e provocador da Hecatombe política (não confundir com a económica).
Ao garantir a Bruxelas cumprir as metas do défice Passos em conjugação com Cavaco e Silva trava a auditoria às contas públicas (para já) para acalmar os mercados e ajudar Bruxelas pois seria de todo uma catástrofe Bruxelas cometer outro erro de fiscalização num dos seus países.
Obviamente Cavaco tem a posição a que já nos habituou depois do seu discurso demolidor à umas semanas (poucas) atrás na sua tomada de posse.
Cavaco e o Governador do Banco de Portugal ao pedirem um pacto no défice aos partidos do chamado arco de governação querem e pedem um compromisso para que se mantenham as metas do défice e os compromissos previamente acordados.
As crises mostram a realidade; esse sim é o verdadeiro choque, para aqueles que vivem acima das suas posses, para inglês ver como diria a minha avó, embora pelo meio seja arrastada quase  toda a restante sociedade.
As crises mostram os "rodriguinhos" dos discursos políticos, não apenas o que parecem mas o que são, e que as agências de rating se estão a marimbar para a política Tuga, e para os nossos falsos estilos de vida.  
O FMI virá, direta ou indiretamente já que dele fazemos parte, e ele pertence ao balão de ar monetário que Bruxelas criou e inventou.
É certo que iremos viver do rendimento mínimo imposto pelo FMI através da Europa (Alemanha para os leigos); tão certo que as famosas agências de ratings que muitos não sabiam existir, absorvidos pelas novelas da TVI ou pela total ignorância de seres humanos num país de nome Portugal. Dizia eu que as agências de rating baixaram a credibilidade de Portugal no mundo, algo que Sócrates também ajudou a fazer...
Moral da história. Sócrates diz que não quer o FMI por motivos de prestigio nacional, esse que não nos coloca comida na mesa nem nos dá crédito...
É necessária a reforma da constituição, para se reformar o Estado, e, para tal é necessário consenso e acabar com demagogias.
Enfim no vernáculo português, estamos fodidos.

P.S. Sou a favor de criar na constituição um artigo onde se obrigue os portugueses a ganharem a cultura nordica, o respeito japones e a humildade africana.

sexta-feira, março 25, 2011

mais um ciclo pós vinte e cinco de abril se encerra ou está prestes a encerrar, mas não é linear que os mesmos protagonistas saiam de cena.
durante os últimos anos o nosso primeiro futuro ex ministro não deve ter tido tempo para o país e dou algumas daquelas que acho seres as minhas pistas...
ele foi a sua licenciatura novas oportunidades... ele foi o freeport...o face oculta... etc, etc, etc, etc...
sim são muitos etc., mas mais foram os casos em que ele esteve envolvido...
o seu desgaste politico a sua arrogância e Prepotência e outros tique de querido lider coreano...
bem ele fez-se deus no seu partido tendo afastado alguns dos seus criticos...
lembram-se do cravinho???
bem tambem é certo que entre ele e paulo portas a diferença é pouca nas suas ditaduras dentro dos seus partidos...
é certo que socrates é o tipico portugues que todos negamos ser...
nesta época de tremenda crise não poderemos esperar mais uma vez pelo famoso desenrasque portugues...
não podemos esperar que a vitória do fcp baixe os juros...
não podemos criticar os alemaes que nos sustentam à anos...
mais que mudar de politicos temos que mudar de estado...
mais que dar Magalhães aos meninos temos que lhes dar cultura, essa que só se vê duas gerações após e não dá votos...
quando olho a filandia, a dinamarca, as suecas...etc reparo que todos tem um elevado nível cultural e são monarquias...
hummm
das principais economias do mundo a monarquia está muito representada, e fico triste sendo republicano...
daqui a uns meses a geração á rasca será engrossada fortemente...
eu que sou da geração rasca, apelidada por muitos dos que participaram na última manifestação da geração à rasca...
tenho para mim que pertenço à geração do meio, criada sem fome (sim à sempre exceções),criada ao som da musica dos oitenta, vendo o fcp tornar-se um mito entre outras coisas...
agora é a doer, mas continuo a ver os rendimentos minimos a comprar telemoveis topo de gama, a comprarem a crédito, a usarem sapatilhas de dezenas de contos, agora centenas de euros, a revenderem os Magalhães nas feiras, continuo a ver os pobres, aqueles que gostam de ser pobres a terem casas à borla, pagas com os meus impostos, os telemóveis, as sapatilhas as drogas pagas com os meus impostos, e eu se não pagar o crédito da casa, vou para a rua....
FODA-SE é o que me apetece dizer...
é altura dos politicos terem coragem de mudar o estado...
mas também é tempo de assumir-mos o nosso papel...
poderia dizer muitas coisas mais mas acho que já podem ver os palavrões que eu iria dizer a seguir...
tenho dito


sábado, março 19, 2011

Bem...
Uma substância que é resistente a danos não precisa ser forte...
Quando nos conhecemos, eu era uma substância resistente...
Uma substância que tentava ser forte...
Espero o dia...
Em que a tua raiva tenha diminuído...
Nesse dia estarei forte o suficiente para arriscar perder a última parte da minha resistência...
Talvez, então, possamos tentar ficar juntos...
Se me deixares tentar chegar a ti...
P.S. Para a lua cheia!

domingo, março 13, 2011

segunda-feira, março 07, 2011

cansado fechei os olhos no sofá…

cansado fechei os olhos no sofá…
e no momento em que o  sono ainda não é sonho, senti o hálito menta-canela, e…
acordei num grito sem fim, com o vento feito vendaval, na minha face…
abraçado a ti,
teu corpo colado ao meu, ou o meu colado ao teu, (para o caso não interessa), eu lutava para não cair…
queria parar mas não conseguia, gritava como um louco, enquanto o vento me secava a pele molhada pelo medo… esse autêntico soro da verdade…
em piruetas mil aproximava-mo-nos do chão…
firmei as minhas pernas na sela, fundi o meu peito em ti e respirei fundo…
maldito dragão com as suas ganas de às do voo… um Top Gun falhado…
ultrapassamos umas gotas de chuva, que gritavam com o susto, ficando para trás…
espera lá acho que conheço uma delas…
uma flecha veio ao nosso encontro…
uma seta em tua direcção,
enquanto eu me sinto cair no vazio…
ao menos caio abraçado a ti…
uma sombra sem fim, em forma de dragão, percorre o mundo…
voando por campos de musgo e de cetim…
a maldita seta atrás de nós…
será a de algum cupido?
penso,
por entre os soluços de medo…
talvez seja por isso que voamos tão depressa, tens medo que ela te toque…
o dragão é agora, fogo a queimar, fogo que sai pelas narinas… ar quente que nos envolve…
dois violinos surgem ao nosso lado, acompanhando-nos no planar que agora é sereno e suave…
ouço o som da chuva que ainda não caiu, o som das cascatas, e dos regatos… e as cordas dos violinos cantam para nós…
viras-te para mim, e, qual o meu espanto, planamos no ar, desta feita sem ser no dorso do dragão que afia as garras numa nuvem…
os violinos tocam, abraças-me e dançamos….
os campos cobertos de girassóis ondulam ao som de tão bela melodia…
única, forte, intensa, imensa, nossa…
arregalo os olhos, e vejo-te serena, e sinto pela primeira vez a música, que mais não é, que o o som dos nossos corações, nosso sangue nas veias, o pulsar do mundo…
enquanto mil girassóis dançam… lá volta a aparecer aquele arreliante arco-íris que outrora troçou de mim…
o sol pára, a lua surge, e os nossos corpos, sombras imobilizadas por uma estrela e por uma lua…
os violinos já não tocam… dançam,
os girassóis a uma só voz sussurram uma suave melodia,  
o mundo sorri,
e eu; plasmado no firmamento sonho acordado no teu sonho…
descemos deste céu, onde me fazes e sou feliz…
meus pés tocam a areia branca da minha África…
as gotas de orvalho que prendiam as alças do teu vestido dissolveram-se na tua pele, e entras no mar…
eu refastelado, bebericando hidromel, comendo frutas, sinto-me o último rei…
uma concha pede-me ajuda para chegar ao mar, e gentilmente coloco-a no lombo de uma sardinha que foi buscar os seus filhos à escola… uma sardinha no Indico???
uma  corsa loura, está a Flertar um jovem leão,
um escorpião faz juras de amor a uma cascavel…
e eis que surges do mar…
pudera eu pintar teu corpo, que faria arte…
tecida por deus…
esculpida pelo diabo na minha alma…
vens ao meu encontro…
paras junto a mim,
quero falar mas não consigo,
baixas-te,
teus lábios procuram os meus,
isto sim é que é sonhar!!!
- João!
- João! Meu filho.
- Acorda! Vá lá! Tens que ir trabalhar!
Mundo cruel!!

domingo, março 06, 2011

contigo e o dragão, enquanto no mundo de magia coisas novas acontecem…




adormeci  e acordei num sonho.
olhei em meu redor e qual o meu espanto quando vi um limoeiro a barafustar com um tigre, que teimava em afiar as suas no seu tronco, aborrecido o limoeiro atirou-lhe limões e o tigre fugiu, meio divertido meio magoado no seu ego.
uma cobra perguntou-me as horas e meu relógio respondeu que não estavam certas nem erradas que eram apenas horas…
que raio de resposta pensei eu olhando o mostrador…
aí entendi o significado das palavras. as horas corriam umas atrás das outras rindo e cantando….
um elefante passou em frente do sol, tapando-o por breves momentos, um elefante com umas enormes asas…
perseguia um rouxinol que lhe tinha roubado uma semente…
enfim! Atordoado sentei-me contemplando o paraíso do meu sonho, ou será que entrei no sonho do teu paraíso?!
vários filhotes de au aus brincavam em tropelias mil, mas logo ficaram em sentido quando passou uma centopeia toda vaidosa mostrando os seus sapatos novos, cinquenta pares de sapatos de verniz vermelho e tacão alto.
duas rosas conversavam sobre a noite anterior, e uma contava à outra o seu momento romântico com um girassol e um tango…
e eis que surges, montada num lusitano branco, com um longo vestido branco, longo e decotado, com as alças presas por gotas de orvalho…
o vestido reflectia o arco-íris que te acompanhava, rindo-se de tudo e nada…
tontinho pensei eu…
destacando-se no conjunto, os teus cabelos cor de fogo, ruivos, belos, quentes…
sorrias enquanto trotavas em minha direcção e falaste antes de mexer os lábios e montei no teu lusitano, lutando para me equilibrar enquanto o arco-íris me arreliava…
mostraste-me esse mundo, uma ilha de sonho onde até uma jangada era feita de uma dourada torrada e seus remos paus de canela…
falaste-me do teu mundo e trazias na voz três ou quatro sonhos e cinco ou seis esperanças…
árvores que falam, limões pelo ar, centopeias de salto alto, elefantes voadores e sei lá que mais…
não refeito disto tudo eis que paras no meio de um jardim e um regato diz-te olá olhando-me desconfiado…
uma manta preguiçosamente desdobra-se, copos saltam do cesto do picnic, uma rolha abre os olhos e despede-se da sua garrafa companheira de longa data.
frutos exóticos disputam entre si os lugares na manta…
e, eis que sinto um sopro quente, um hálito menta-canela e sombra em nossos corpos. Sorris e dizes olá, e, eu em sobressalto, olho e vejo um dragão, que me sorri lançando uma pequena labareda pelas narinas…
eu, tu e um dragão numa ilha de sonho, que mais me esperará enquanto me olhas e te preparas para me dizer algo.
acordo com o despertador e perco o sonho, e as tuas palavras; mas ainda sinto o hálito menta-canela e seguro na mão uma madeixa do teu cabelo…
ele há cada sonho!!!!
quero adormecer outra vez,
e que seja fim de semana para o sonho ser longo…
contigo e o dragão, enquanto no mundo de magia coisas novas acontecem…

sábado, março 05, 2011

temp, time, tempo, au! au! miaauuu!

temp, time, tempo, au! au! miaauuu!
o tempo, nem sempre é o que dele fazemos, mas temos tempo para fazer-mos mais um pouco com ele...
perdi no tempo sonhos, mas ganhei tempo para sonhar,
perdi no tempo emoções mas ganhei tempo para descobrir outras.
famigerado tempo, bom tempo, belo tempo...
o tempo,
meu tempo,
teu tempo, nosso tempo.
quero tempo para nós e assim queiras tu, tempo para mim.
quero tempo para te redescobrir ou descobrir,
quero tempo para em miramar e olhar teus olhos,
sonho com quereres tempo para comigo descobrires serralves,
quero tempo para dançar, cantar e sorrir a teu lado...
o tempo, que já vai longo,
quarente anos de tempo no tempo que dura a minha vida,
quando ouvi pela primeira vez esta música (http://www.youtube.com/watch?v=V1bFr2SWP1I)
foi contigo que a quis dançar, mas sobrou em vergonha o que me falta em coragem,
de querer o teu tempo junto, agarrado ao meu tempo, para juntos fazer-mos do tempo desta música o nosso tempo...
bendito tempo que já se faz tempo de dizer que quero o teu tempo para o perder...

quarta-feira, março 02, 2011

quero sentir o teu gosto...
torne-à-lo com minha língua em pequenos círculos...
sentir-te vibrar, enquanto tuas mãos percorrem teu corpo,
ou me seguram a cabeça...
quero sentir teu gosto...
enquanto tuas coxas tocam minhas faces...
sentir o paladar a sol da tua pele...
o cheiro a coco nos teus cabelos...
aquele beijo que dás no ar enquanto minha boca te descobre...
aquele beijo que desejo quando te olho, adocicado, marcado na carne...
e o tempo?
o nosso tempo,
que nunca foi tempo,
por causa de um beijo que nunca foi roubado...
mas foi...
beijar a tua pele...
querer-te... mais e mais...
com picante e chocolate,
derramado por nós em nós...
eu quero tanto!!!
e tu??
vem diz-me com essa tua voz que me acalma..
o tempo em mim leva tempo a perder a memória,
onde está a saudade, as lágrimas...
esse tempo que nunca tive e sonho...
pelo tempo, o meu tempo,
passam dores, angustias, desejos...
o tempo, o meu tempo,
complica-se quando te olho,
parada numa foto na tela do meu écran...
a imagem fica gravada, em mim durante o dia,
e olho-te, e ficas tangível, perdendo-se o beijo, sempre que procuro tua boca...
o tempo, no meu tempo, ficam gravadas as tuas palavras,
o timbre da tua voz tatuado em minha alma...
o tempo, o meu tempo, foi tempo...
paladares trocados, misturados na noite quente...
o calor dos lençóis, o teu gemido... sofrido...
a tua boca que me realiza como homem,
o teu olhar que me toca a pele,
o teu corpo...
um convite à minha gula, ao pecado...
mais!
grito eu, enlouquecido por tal sensação...
ordem dada, ordem executada...
sorris enquanto me saboreias mais uma vez...
sorris, enquanto misturamos sabores e odores com os da noite anterior...
fecho os olhos e fazes-te lembrada na minha alma...
por seres tu...
sabe-me bem levar este desejo à loucura,
apetece-me gritar, pintar numa tela o teu cheiro,
esse que vem do teu corpo, quando estás em pleno desejo...
e as mordidas que doendo nos dão prazer, êxtase...
as minhas palavras, hoje fracas, devoram-me a alma,
imagino-te vestida de mulher fatal,
amarrando-me aos teus vícios,
vendas-me os olhos,
ajoelhas-te,
sinto o teu cheiro, a tua boca, o calor dos teus lábios,
uma fêmea no cio,
seguras-me e sou eu...
debato-me para me conter,
para prolongar o prazer,
mas como um louco no seu último delírio, grito...
hoje o meu sonho transbordou da minha mente, e mesmo estando acordado,
sendo já plena manhã ele ainda é real, ele se torna real,
como quando em teus olhos me acalmo, em tua voz...
imagino-te com um longo vestido, primaveril...
és luxuria em minha alma,
és mulher em meu ser,
és senhora...
eu sou teu, mesmo quando a vida me trás os despojos da dor,
pois preenches-me o coração!
e tenho vergonha e medo de te dizer amor!

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...