terça-feira, setembro 29, 2009

A rosa que plantei junto ao mar, já faz sombra na minha praia.



Então morri!
Comecei e recomecei, quase como, numa e de uma forma mecânica, errante dentro da máquina do meu sonho. Viciado em algo mais do que simples pétalas de rosa que cobrem o teu corpo, na minha imaginação.
Viciado nas tuas formas simples, no teu sorriso claro, nas curvas que o sol e a lua fazem na tua pele.
E nesses momentos quase como por uma fórmula mágica viciado em viciar-me nas coisas que tocas, deito-me á sombra da rosa que plantei junto ao mar.

Viver assim não dói!

Definitivamente, como tudo o que é simples.
A nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram…
Porque sofremos tanto por amor?
O mais certo seria a gente não sofrer, agradecer apenas ter-mos conhecido uma pessoa com quem nos identificamos, que gerou em nós sentimentos intensos e que nos fez companhia por um tempo, por um tempo feliz.

Sabes, descobri da forma mais dolorosa que a pior maneira de sentir a falta de alguém é estar sentado a seu lado sabendo que não a podemos ter…

A rosa que plantei junto ao mar, já faz sombra na minha praia.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Está sol!



Enquanto tempestades de areia teimam em desfazer meus sonhos…
Enquanto dunas crescem cobrindo meus pés…
Eu teimo, endiabrado, em fantasias que, por pudor não posso revelar neste texto, ou até mesmo nos próximos, pois olhos tão belos e serenos como os teus, poderão, embalados por tais palavras, deixarem a simplicidade tão bela que possuem e perder-se nesse tão fascinante mundo, que é o do pecado.
Acordo de um sonho, onde encontrei gestos e palavras, endiabradas por insanos desejos, e húmidos segredos, e sinto-me vivo, pois, como um dia alguém disse, a vida não se mede pelo número de vezes que se respira, mas pelo número de vezes que se perde o fôlego…
Uma gaivota surge na minha janela; provocadora, insinuante, desenhando no ar um coração e levanta voo em direcção á tua casa.
Nem sempre fui sincero; para ti, para mim, para o mundo.
Ás vezes fico longe de mim e de tudo, e se morrer, fico sem dizer o que sinto, o que guardo, o que foge, e assim, porque minto…
E no dia que as luzes se apagarem, serás tu que levarei comigo, pois a vida não é um bocado, é toda a paixão.
Quando o dia amanhece, no meu sonho, existem lençóis pelo chão, cheiros e odores de uma noite, mas…
Está metade do ar, do meu quarto, por respirar… E uma lágrima acorda em mim, pois estou só e tu estás, algures, longe de mim.
Sons que me chegam, por entre gargalhadas, molhando a minha alma, a alma de poeta, que só, percorre as ruas, procurando-te, sem te encontrar.
O raio da gaivota retorna á minha janela.
Estupor!
Volta a desenhar no ar, um outro coração e desta feita, olha-me demoradamente, com um olhar critico, e pausadamente me diz que já vivi metade da minha vida; para não perder a outra metade a amar-te sem tu dizer…
Mas perdi a coragem, na última dor, no meu último desespero pois para mim um amor, é o último, é o grande amor, não querendo que termine, pois é na total entrega que descobrimos o que realmente é importante na vida.
O raio da gaivota ri-se, e essa gargalhada magoa-me… Diz-me para olhar teus olhos e te levar para um local secreto, e te roubar o beijo que mereces ver roubado.
Mas…
Em mim existem muitos mas…
É a dor que teima em não partir.

Bom dia! Está sol!

terça-feira, setembro 22, 2009

Explorador!





Não existe melhor vocação, e maior tormenta do que ser explorador.
Não há maior ambição do que aumentar o conhecimento.
Há glória no sucesso, mas com ela vem o sacrifício que saúdo todas as noites com lágrimas.
Ao explorar o mundo, morri todos os dias um pouco.
Até onde posso ir andando sozinho não sei, mas de que me serve amar e não o ser? De que me serve sonhar e ter esse sonho tão perto?
A dor é só minha, por isso devo sofrer só… mas é tão duro…
Sinto-me mais distante hoje do que ontem e vou conviver com os resultados das minhas escolhas. Serei definido pelo meu passado e por essas decisões.
O passado pertence-me, torna-se parte do que sou.
Enquanto atravesso a vida, as minhas pegadas marcarão o caminho… ficarão para trás…
Olhas e vês o homem mas não ouves os gritos, o choro, por debaixo dos destroços de 38, 39 anos…

Já não me lembro de quantas pessoas salvei; não aprendi com esses sacrifícios, com essas decisões de me expor ao mais intimo elemento para ajudar…

E quando precisei de ser salvo…

(fim…)

segunda-feira, setembro 14, 2009

Aa canções de amor são as lamentações dos vivos!

Pensei enviar-vos flores, perfumes…
Pensei enviar-vos belos chocolates, recheados de licores feitos por anjos…
Mas isso não serve para acarinhar mulheres tecidas por deuses e esculpidas por demos…

E foi aí, nesse momento, que descobri que a melhor forma de voz dizer olá seria escrevendo!

Não sei que homem me irei tornar pois não tive um líder ou um professor, mas a vida ensinou-me duras lições, e aqui estou…

Tentei ser outra pessoa, ser o melhor do que vocês sonharam…
Mas, possa! Os vossos sonhos são cada vez maiores…

Hoje já não se escrevem poemas, sonetos ou canções de amor…
Hoje é tudo pré-concebido.
Estamos nos HI5, nos Facebook’s, etc.,etc..
Como objectos em prateleiras de supermercados, onde basta ver os ingredientes e escolher o próximo encontro… de preferência com alguém de poucas calorias, com bom peso escorrido e sem corantes ou conservantes…

Hoje já não há trovadores, apenas alguns poucos autores…

Hoje já não há mulheres, procurando príncipes encantados…

Hoje quase todos (eu não! Mas eu sou um velho resistente J) procuramos relações pré cozinhadas e se não gostar-mos voltamos ao supermercado… da internet.

Três senhoras, três mulheres…
Obras primas do talento da natureza, invulgares, poderosas, frescas, fluidas, em impressionantes gestos e olhares…

Poderia escrever mil palavras para descrever os vossos olhares, os vossos gestos…
Mas insignificantes seriam comparadas com vocês…

Então descobri que a melhor forma de vos dizer olá seria olhar as estrelas, cometas e planetas e atribuir-lhes os vossos nomes, para que todos os humanos possam presenciar que o divino existe, em forma de três belas mulheres, três belas senhoras…

Palavras escritas e sentidas para vos dizer olá!

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...