segunda-feira, junho 12, 2006

Brilhante

Uma pessoa precisa de novas experiências.
Elas desencadeiam algo no fundo do nosso intímo, permitindo que se desenvolva, sem mudanças.
Algo dorme dentro de nós, raramente despertando.
Aquele que dorme deve ser acordado!
Em tempos fundi-me com a noite.
Parti á chuva e regressei á chuva.
Ultrapassei o mais puro desejo.
Contemplei o dia triste.
Cruzei-me com a luz na sua ronda diária.
Não deixei ecoar os passos... fiquei imóvel!
Um grito ecoou, mas não para me chamar ou se despedir de mim!
mais longe ainda, a uma altura celeste, um relógio astral, pregado no firmamento, anunciava que as horas não estavam nem certas nem erradas!
Em tempos fundi-me com a noite...
e a chuva apareceu...
Uma mulher gritou!...
Estava louca de amor!...
O fluir das gentes.
A vida!

Autópsia da minha alma!

As amarguras da vida vincaram-me a minha solidão.
O olhar esconde-se pela mascara da felicidade a tão já famosa dupla mascara.
Cansado espero, espero um gesto que evidencie a loucura, o gesto lunático, o delírio, a perda de mim mesmo…
Talvez a minha existência se justifique por razões superiores; a perda do juízo, o presídio do corpo, o anjo feito homem; sei lá!...
O meu tempo ficou parado na frase: - Até um dia para mim será possível!
Entretanto e neste meio tempo, vivo só dentro de mim, desejando uma cabana nos matagais para colocar o meu coração na prateleira vazia de outros materiais, para que teus braços o possa alcançar e o ponha em condições.
Quero toques e sorrisos para encher a cabana de canções e emoções…

Um olhar!

Um olhar;
salvo raríssimas excepções,
é o perfil de dois rostos escondidos...
Um olhar frontal e assumido é difícil;
o perigo reside na consciência de mim próprio, no interesse que se desperta,
na imagem que se pretende voluntariamente conservar,
além que pode revelar excessos, de vaidades ou inseguranças…

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...