segunda-feira, junho 18, 2012

Para as crianças que podem ser ou foram crianças, (não falo daquelas a quem a infância foi roubada)...
Tudo é mítico na infância...
O Pai, a mãe, o Pai Natal, o bombeiro, o polícia, o astronauta, etc., etc..
Não são coisas que superem a vida da criança mas torna a vida maior...
Às vezes magnífica...
Mas o mundo continua a dar voltas...
E em muitas pequenas rendições e outras tantas descobertas... ou às vezes em algumas confissões... o que encaramos como verdadeiramente mítico transforma-se apenas num mito… e algumas vezes lágrimas rolam, naquele chorar impulsivo que a criança que fomos tinha e produzia…
A boa noticia, se é que a podemos encarar assim, é que nós encontramos outros mitos para acreditar… como a religião, o amor, a felicidade eterna ou no João…
Vemos o mito pelo que é… de perto e na sua realidade, esquadrinhamos as suas entranhas e descobrimos que também somos mitos para outros, às vezes mais do que gostaríamos de admitir…
Muitas vezes esses mitos deixam-nos prostrados na soleira da porta olhando a rua, esperando… outras vezes ficamos encolhidos no sofá, na cama esperando em silêncio… esperando o seu retorno…
O mito…
A pergunta que muitas vezes sobra, é o porque de ter-mos companheiros, colegas, amigos, parceiros se continuamos a sofrer em solidão e a aprender as mágoas a sós…

sexta-feira, junho 15, 2012

Existem momentos na nossa vida, em que tudo o que podemos fazer no fim do dia, é apagar as luzes, enrolarmo-nos no lençol e jogar a toalha,  hastear a bandeira branca...
Para algumas pessoas este tipo de rendição é dificil de se aceitar... é quase como uma luta a favor da nossa dignidade... lutar até ao fim, de rosto corado, ás vezes até vermelho de revolta... mas nesses momentos, na cama, quando as luzes se apagam e o conforto é encontrado no nosso travesseiro.. surge uma luz... e esse ponto torna-se o início... esvaziamos a nossa mente, e sentimos que o nosso coração ainda bate... navegando por entre baixios rochosos... rendição ou serenidade, paz ou equilibrio... chamem o que quiserem... pois algumas das coisas que nunca pensamos dizer ou fazer, ou até jamais se ter de enfrentar é aquilo que mais precisamos fazer... é a vida... a nossa...
Crescer é aborrecido!
Os dias de biscoitos, de gelados, de gritos, de sonhos, de andar descalço, etc. e tal... fazem o seu oscilante desaparecimento para a escuridão, e a criança que existe em nós não pode, ou, não deve reaparecer, ou manter-se sob pena de ser-mos excluídos socialmente...
A criança que fui, tornou-me pai...
Pai desamparado...
Os sonhos que eu achava que sempre sonharia, deslizaram em silêncio pela porta do meu quarto...
Mas agora com metade da minha vida vivida, na saúde e na doença, no melhor e no pior...
Quando olho o meu passado com um olhar duro e inflexível só tenho uma certeza... o crescimento nunca termina, mas nunca deveria ter deixado de sonhar...

quinta-feira, junho 14, 2012

A ruiva! A morena! O meu sonho! E, eu!...

No meu sonho, eu encontrava-me fechado dentro de um elevador… esse, que se dirigia para a tranquilidade do meu mundo…
Perdido em mil pensamentos, eis que as portas se abrem e entra uma ruiva e uma morena…
Um tormento para a minha alma!
Tormento de desejo é certo…
Até a dormir a minha nicole kidman me procura…
Olhei discretamente para a camisola que meio justa torneava um peito promissor…
Esse, que me tenta a alma… e faz meu corpo vibrar de desejo…
Possuído por ele – o desejo. Esse, quase incontrolável, sonhei, dentro do meu sonho, que te possuía ali mesmo, no elevador do meu sonho...
Tanto sonho…
Enquanto te possuía, a morena tocava-se esperando participar… talvez comigo, talvez contigo, talvez connosco, mas no meu sonho tudo é possível…
O meu sonho, às vezes é tão vivo, tão real que tenho medo que as pessoas o conheçam…e baixei os olhos para não o levar a ti…
Falaste-me de algo banal… há já sei, falaste do frio; e meus olhos logo se dirigiram para o teu peito procurando evidências do mesmo…
Do frio…
Saíste do elevador, mas continuas-te no meu sonho…
Enquanto saías eu olhei as curvas do teu corpo, fixei-me nas tuas pernas, que momentos antes entrelaçavam as minhas dentro do elevador…
Há, falta a morena…
Bem, um sonho de cada vez…
E ela neste sonho não tem espaço…
Já na rua respirei profundamente, olhei uma mota que passava e imaginei-nos nela, contigo a conduzir, enquanto abraçado a ti, explorava as curvas do meu sonho…
Já não chove mas ainda estou húmido!
Maldito sonho, pois não sou teu sonho…
Minha Nicole Kidman….

sábado, junho 02, 2012




















não te darei flores pois seriam memórias de um passado assim que caíssem as pétalas... 
para isso já tenho as lágrimas...

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...