segunda-feira, janeiro 31, 2011

para te conhecer é preciso passar anos a fio...
junto a ti...
para te sentir é necessário um simples minuto...
um olhar teu...
corresponde a um olhar teu...
um movimento do teu corpo corresponde a um movimento teu...
em conjunto és harmonia..

quinta-feira, janeiro 27, 2011

o espirita é um ventríloco sem boneco... 
mas se existir vida pós vida, quero ser esse boneco para vir atazanar algumas pessoas e acariciar outras...

quarta-feira, janeiro 26, 2011

ouve o que te escrevo pois tenho voz mesmo quando grito em silêncio...

terça-feira, janeiro 25, 2011

só acompanhado num banco de jardim...
acompanhado pela amiga de sempre...
só acompanhado na alma, por 20, vinte anos de amizade...
vinte anos de lágrimas acompanhadas, de sorrisos partilhados, de sonhos sonhados...
imortalizado por vinte anos de mãos dadas, vinte anos de travessuras e diabruras...
vinte anos, onde sorrimos, dançamos e cantamos...
só acompanhado por ti, até ser-mos velhinhos...
obrigada!

honda bandit

no baú da minha alma tenho recordações de tudo e de nada...
mas ainda me lembro de muitas lágrimas e algumas alegrias de beijos dados e roubados...
de brincadeiras de rua,
de olhar a imensidão do mar e a magnitude do céu
e de te ter conhecido, e da tua amizade
ontem fizeste anos
beijocas

P.S. Obrigado!
        Agradecer-te-ei toda a vida!
        E será uma honra fazê-lo!

sexta-feira, janeiro 21, 2011

a minha utopia...

o meu amor não está num poema, dentro das páginas de um livro...
onde as palavras são limitadas por margens e pelas paredes das folhas...
o meu amor está na superfície da tua pele, no timbre da tua voz, no teu cheiro...
no teu colo, nas tuas ancas, no teu andar, no teu olhar...
o meu amor está no espaço que preenches, no brilho que irradias, na tua forma de ser...
no teu nariz... :-)
o meu amor, reúne tudo o que sonho em alguém...
tu!

segunda-feira, janeiro 17, 2011

foto

pudera eu ter em minha sala, um grande... 
teu retrato...
que pura luz a iluminaria...
e de tal forma serias real na minha vida que viverias comigo de forma tangível...
olho fotos, e fotos; e fico impressionado, com a tua beleza, como envolves o espaço que te rodeia, como te envolves na minha sala...
imagino-te...
vestida com um vestido primaveril, descalça, dançando ao som de uma música inaudível... para mim...
na tua foto, no pc da minha sala, és uma extraordinária ilusão de uma realidade que nunca será a minha...
olho a tua fotografia e copio-a para a minha mente, linha a linha, e olho-te, pensando que um dia a mulher se moveu para mim...
a minha máquina enfeitiçou-te e forçou-te a ficar imóvel para sempre...
a minha alma inquieta-se...

quinta-feira, janeiro 13, 2011

a pintura é poesia desenhada

acordei com o som de uma onda após outra, e outra, e mais uma...
abri os olhos ao mesmo tempo que ouvia ao longe o rugido de um leão...
espantado olhei em meu redor e fixei o meu olhar num mosquito que me olhava satisfeito com o banquete da noite...
olhei em redor e deparei-me contigo...
vestida com os primeiros raios de sol da manhã...
olhei o teu rosto, sereno...
teu corpo...
fui à janela e vi o mar tocar a areia...
o leão voltou a rugir...
olhei e também vi a savana...
acordaste...
tapei teu corpo.
deste-me um estalo...
mas o que me magoou foi o teu olhar...
fiz café e fui para o alpendre, comendo fruta, olhando alternadamente o teu mar, a minha savana...
um prato partiu-se, felizmente não foi por raiva, apenas te escapou das mãos
sentaste-te a meu lado, continuando nua, e perguntaste-me o que fazias no meu sonho.
pedi-te perdão mas meu corpo denunciou a minha mentira.
olhei teu peito e senti uma vergonha tímida e perdi a coragem para te dizer que és o meu sonho de mulher...
silêncio...
perguntaste:
- e a seguir?
respondi no meu silêncio:
- para sempre, tu!
o teu mar, a minha savana...
tu o meu segredo...

P.S. As palavras, as minhas... 
emoções para o éter, para a mulher feita sentimentos nas minhas folhas, para o sonho, para a imaginação ou para ti que te identificas com elas.
E se as sentes então escrevi-as para ti...

domingo, janeiro 09, 2011

a poesia é a pintura que fala

O culto das letras; da pequena e da grande palavra anima o homem, desafia-o a reelaborar o seu mundo, a conhecer-se e a explorar-se como individuo, a perspectivar a sua realidade com profundidade, a realizar-se em folhas brancas, a viver livre nas letras, nas palavras, sendo apenas refém das frases e a descobrir-se como homem.
Como não te tenho, fantasio-te, escrevendo para o ar e no ar, o que queria escrever só para ti. Uma espécie de masturbação literária.
Queria eu bordar textos em folhas de papel, alguns com sabor a mel, outros contando sentimentos de fel.
A sombra é o lado oposto das lágrimas onde meus sonhos vagueiam perdidos pelo rosto, dissipando-se na pele com o anterior referido paladar a fel...
... e o rasto salgado da dor...
As lágrimas negras pela escuridão dos dias fazem uma autêntica exposição de sentimentos.
As lágrimas nuas, como o artista dos sentimentos que as descreve e escreve.
As lágrimas pintam a face numa tela sentida, transformando-a numa exposição permanente, uma galeria livre mas pública...
As telas criadas e recriadas na minha face pelas lágrimas mostram na pele incertezas da vida...

Leva uma tela e faz-me feliz!...

A maior revolução que um homem pode fazer é cultivar o amor, disfarçando-o como uma forma de jardinagem sentimental e intelectual.
Aí, nesse jardim ou na pequena horta que eu queria criar, plante-mos sentimentos, e, ao amar-mos a pessoa amada; essa sentir-se-á a florir. 
No jardim o jardineiro deve ser activo para que os sentimentos adubem os jardins...
Há quem diga que quem proclama o amor em folhas de papel não ama, que só deseja, ou que tendo amado e desejado, também queria possuir ou possua...
Quando se ama devemos amar sem restrições, deixando que o próprio amor nos restrinja. Aí, nesse amor perfeito, ou perfeito amor, o amado ama o amante, esse sendo amado ama o amado...
Uma rosa simboliza o jardim, o beijo da mulher mostra ao jardineiro que ele está no bom caminho...

P.S. Obrigado aos brasileiros que me lêem e gostam!


terça-feira, janeiro 04, 2011

polémico

tal como na amizade, na paixão, apaixona-mo-nos primeiramente pelos corpos.
Todavia, porém, contudo, quando perdem a juventude...
os corpos...
perdem parte da beleza...
a paixão é primitiva e essencialmente perceptiva, isto é, sensível e sensual...
um amor de nível um, numa relação á primeira vista.
a paixão primitiva é desejo...
e os elementos "escravizam-se" em emoções...
depois de ultrapassado esse desejo primário, podemos amar o realmente belo, a mulher como um todo..., sem escapar obviamente aos restantes sentidos...
amar a alma ao invés de amar o corpo coloca-nos no partamar da felicidade...
nesse momento o amor ultrapassa a sensibilidade e passa a ser racional...
os corpos envelhecem, amadurecendo a alma...
o caminho da alma é inverso ao corpo...
a estabilidade a dois é o culminar apoteótico deste processo evolutivo, através do amor, o real substitui o imaginário...

O cientista e a mulher que dá o corpo em troca de "sentimentos" Estavam os dois a enamorar-se por uma escultura. Estão os dois ...